A mostra 'Conversas entre coleções' promove o diálogo entre o acervo da Casa Roberto Marinho e outras seis coleções particulares, que estão entre as mais importantes do país. Mais de 200 obras de artistas do Brasil e do exterior estão reunidas em exposição na Casa Roberto Marinho, no Rio
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Mais de 200 obras de artistas do Brasil e do exterior estão reunidas na exposição "Conversas entre coleções", que foi aberta nesta sexta-feira (15) na Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro.
Uma combinação que faz flutuar. É o que a produtora cultural Miriam Brum sentiu ao olhar as telas dos artistas Guinard e Maria Helena Andrés lado a lado.
"Eu fiquei parada na frente dessas duas obras alguns minutos porque elas me trazem recordações. Essa paisagem especial me emociona sempre", diz.
A exposição promove o diálogo entre o acervo da Casa Roberto Marinho e outras seis coleções particulares, que estão entre as mais importantes do país. Como a de Luiz Chrysostomo, colecionador há 25 anos.
"Nós fizemos uma junção de sonhos. Nós juntamos também trabalhos modernistas que dialogavam e o contemporâneo, trazendo até os dias de hoje", conta o economista e colecionador Luiz Chrysostomo.
"As coleções particulares vêm desempenhando um papel importante na construção da memória brasileira. Então, uma das ideias também foi essa, de poder propiciar um encontro público dessas obras", explica Lauro Cavalcanti, diretor-executivo da Casa Roberto Marinho.
O casal Mara e Márcio Fainziliber também selecionou obras de jovens artistas consagrados e fez conexões cheias de cores.
"Foi simplesmente uma diversão e, ao mesmo tempo, nós somos colecionadores, nós não somos curadores. Então foi um desafio de nós fazermos essa curadoria, de casar, tentar achar uma ligação, ligação de maneiras diferentes", diz o colecionador Márcio Fainziliber.
Mais de 200 obras de artistas do Brasil e do exterior estão reunidas em exposição na Casa Roberto Marinho, no Rio
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São 256 peças de nomes como Adriana Varejão, Iole de Freitas, Beatriz Milhazes. Todas selecionadas pelos nove colecionadores.
Para uma sala, os colecionadores escolheram muitas obras da arte contemporânea. São esculturas, instalações, pinturas, fotografias. Diversas linguagens de arte que conversam entre si. A harmonia entre uma fotografia e uma pintura, a gente observa nas obras de Luiz Braga e Pancetti. Elas retratam o cotidiano de populações que vivem às margens das águas.
"Conta um pouco do Brasil. Do Brasil grande, esse Brasil mais do interior, dessas cidades pequenas, mesmo do litoral, mais longe das capitais", diz o arquiteto Duarte Vaz.
Cássia Jerônimo lembrou do lugar onde nasceu quando viu a xilogravura de Lasar Segall.
"Ali está parecendo o Rio Grande do Norte. Forrozinho", afirma.
"A arte tem que sempre evoluir e seguir em frente, e essas conversas são extremamente ricas para todo mundo que puder vir", diz a artista plástica Beatriz Milhazes.
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Fonte: G1