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Fiscalização é feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado. Porto de Manaus durante a seca em 2023ArsepamO preço da passagem de barcos que atuam no transporte intermunicipal de passageiros no Amazonas começou a ser fiscalizado na manhã desta quinta-feira (5), no Porto de Manaus. O monitoramento é feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado (Arsepam). Até o presente momento, a autarquia não identificou nenhum valor abusivo de passagem nas 116 linhas, mas detectou o aumento do custo operacional em decorrência da estiagem. LEIA TAMBÉM Seca severa afasta Rio Negro de Manaus e muda rotina de trabalhadores: 'é a pior que já vi'Os dados coletados apontam que 38 municípios estão em situação de emergência quanto à locomoção de passageiros e cargas. Ao todo, 59 municípios do Amazonas dependem do transporte hidroviário intermunicipal.Nas calhas do Médio e Alto Solimões, somente as embarcações com calados menores (parte do casco que fica submersa) ou ferryboats estão conseguindo chegar nas sedes dos municípios.Seca 2023 na Balsa Amarela, no bairro Educandos em ManausBianca Fatim/ g1Aumento do combustívelA autarquia afirmou que embarcações que realizavam viagens até Tabatinga, da calha do Alto Solimões, utilizavam normalmente 20 mil litros de combustível, agora a quantidade chega a 24 mil litros. Entre o final do mês de Agosto e final do mês de Setembro, o combustível marítimo no Amazonas teve aumento de 9,17%.CargasO diretor-presidente da Arsepam, João Rufino Júnior, explicou que de forma regular o Amazonas conta com 136 embarcações que atuam em 116 linhas. Destas, 90% estão operando com algum tipo de restrição em razão do calado, implicando no transporte de 45% da capacidade total de passageiros e 25% da capacidade suportada de cargas.Mudança de rotasDe acordo com a autarquia, grande parte das rotas foram alteradas, tendo em vista que as embarcações das linhas regulares não conseguem chegar até as sedes dos municípios. Com isso, a operação tem aumentado o tempo de viagem em média de 30 a 40 horas.Impossibilitados de navegar, as embarcações precisam atracar em praias distantes. Os passageiros realizam o pagamento da própria carga para uma embarcação menor. Após entrar na embarcação menor, os passageiros conseguem chegar ao destino desejado. Paralisação de linhasA autarquia alertou sobre os municípios que podem paralisar as linhas regulares (veja abaixo).Alto, Médio e Baixo Solimões: Amaturá, Atalaia do Norte, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Japurá, Jutaí, Maraã, Tefé, Uarini, Anamã, Anori, Caapiranga, Careiro Castanho, Codajás e Manaquiri.Da calha do Médio e Baixo Amazonas: Autazes, Itapiranga, Urucurituba, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá e São Sebastião do Uatumã.Da calha do Juruá e Rio Negro: Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.Vídeos mais assistidos do Amazonas