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Visita constante: Coruja aparece na casa de policial pela 4ª vez em um mês em Colatina, no ES; veja VÍDEO

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Por Jr Blitz 21/09/2023 às 02:46:01
Policial penal Wellington Borgui gravou vídeo do animal no banheiro na manhã desta terça-feira (19). Coruja já apareceu na sala e na cozinha do profissional. Biólogos explicam este comportamento. Coruja aparece no banheiro da casa de policial penal em Colatina, ES

Uma coruja apareceu na manhã desta terça-feira (19) no banheiro da casa de um morador de Colatina, na Região Noroeste do Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (assista acima). De acordo com o policial penal Wellington Borgui, é a quarta vez, somente no mês de setembro, que o animal aparece no imóvel. A ave foi retirada do local pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

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Nas imagens, a coruja parece analisar o ambiente ao ficar "paradinha". Wellington então diz:

Coruja aparece no banheiro de policial penal em Colatina, no ES

Reprodução

"Ei, meu amigo, bom dia, vão bora? Vai passear, rapaz, comer alguma coisa. Você vai ficar aí? Tô precisando usar o banheiro também?".

Ainda é possível ver o animal esticando as asas, olhando atentamente para o policial, que diz:

"Meu pai do céu! Então tá bom, vou deixar você queitinha aí. Calma, calma!", disse no vídeo.

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Visitas constantes

O policial disse que, em outros momentos, o animal esteve na cozinha (assista abaixo) e na sala da casa do policial.

Cozinha já apareceu na cozinha da casa de policial penal em Colatina, no ES

Apesar da frequência no imóvel, localizado no bairro Maria das Graças, Wellington disse que nunca chegou perto da ave com medo de ser atacado.

"Apesar de nunca ter sido agressiva antes e sempre ter saído sozinha, resolvi chamar o Ibama por serem preparados. Se puder deixar ela por já estar consolidada ali, seria legal. Ter e conviver com essa coruja é um privilégio", explicou Borgui.

O policial, que mora no último andar do prédio, disse ainda que a coruja tem um ninho no forro do edifício, localizado justamente em cima do meu apartamento.

"Pela proximidade, acho que ela acaba entrando aqui para ver se está sem perigo para os filhotes", comentou.

Outra preocupação do policial é com a possibilidade de a ave se machucar com panelas quentes ou ventilador de teto, já que a coruja acaba tendo acesso à casa pela janela sem ele ver o exato momento de entrada.

"Em alguns momentos eu converso com ela também para ela perceber que não quero o mal dela e sentir que não tem ameaça", destacou.

Para retirar o animal, o policial acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que identificou o animal como sendo da espécie Tyto furcata, popularmente conhecida como coruja-da-igreja. Os agentes ambientais levaram o bicho para os arredores do prédio.

Convivência privilegiada

Coruja também já apareceu na cozinha do imóvel, em Colatina, no ES

Reprodução

Segundo o médico veterinário e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Pablo Quadros, não é comum ver esse tipo de coruja com frequência.

"Apesar de não ser uma espécie ameaçada de extinção, o habitat dela não é a construção civil. Ou seja, ela só usa esses espaços pra sobreviver", explicou.

Biólogo e porta-voz do Conselho Regional de Biologia, Daniel Motta também explicou que a coruja costuma fidelizar o local onde ela coloca os ovos, e tende a voltar no mesmo lugar onde construiu os ninhos anteriores.

"Isso também explica o fato de a coruja já ter sido vista em anos anteriores e no mesmo período pelos moradores do prédio. Caso o local tenha condições para construir ninho, cuidar dos filhotes, seja um local alto e com boa temperatura e recursos alimentares, ela pode definir uma residência no meio dos seres humanos", comentou.

Em busca de alimentos

Apesar do que pensou Wellington, o animal não estava verificando o perigo ao entrar na casa, mas sim procurava alimentos, como roedores, insetos, peixes e outros animais.

"Deve ser um desdobramento de caça, não parece ser defesa de território, e, por ser ambiente aberto, ele vê oportunidade de tentar encontrar comida", falou o pesquisador.

Apesar da convivência aparentemente pacífica, o veterinário alertou sobre os sinais de defesa. Quadros comentou que os movimentos de abrir as asas e mexer a cabeça significam "estou aqui, você fica aí e eu aqui".

Quadros explicou que o animal não tem costume de atacar por ser um gasto excessivo de energia, mas é melhor não chegar mais perto para evitar problemas. O ideal é sempre chamar um órgão responsável, como a Polícia Ambiental ou o Ibama, para retirar a ave.

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Fonte: G1

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