Na entrevista, o atual presidente da CMBH afirma que, dez dias depois desse fato, “seu marido recebe um cargo de R$ 10 mil na Casa Civil. “Isso não é postura de um governo diferente, estado eficiente”, disse o vereador se referindo ao slogan do governo Zema. Flávia Borja rebateu Azevedo alegando que o marido tem competência para ocupar esse e qualquer outro cargo, pois já foi deputado, vereador, é formado em direito e administração, fala inglês com fluência e que a insinuação de que ela teria “vendido” a retirada do relatório de votação em troca de um cargo para ele era “desrespeitosa”. “Quando o senhor usava fralda, meu marido já era formado em administração”, afirmou a vereadora. Fernando Borja é secretário-executivo da pasta da Secretaria de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), acusado por Azevedo de estar por trás de seu pedido de cassação por motivação eleitoral. Aro também seria pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte.
Em entrevista ao jornal Estado de Minas, ele negou a intenção de disputar o cargo. A vereadora Professora Marli (PP), mãe de Aro, foi escolhida por sorteio para relatar o pedido de cassação de Azevedo, que tem 90 dias para tramitar.
Gabriel Azevedo não quis comentar as acusações da vereadora.
CPI da Lagoa da Pampulha
A CPI da Lagoa da Pampulha foi instalada para investigar os contratos firmados para a limpeza da Lagoa da Pampulha. No entanto, depois de troca de integrantes e acusações de ambos os lados, a comissão teve seu prazo regimental encerrado em julho, sem que os vereadores chegassem a um consenso para votar um relatório final.
Por causa disso, Flávia Borja retirou o documento alternativo que seria votado, desagradando Azevedo. Com o resultado, a investigação terminou sem sugerir indiciados e sem comprometer o prefeito Fuad Noman (PSD), adversário de Azevedo, que é pré-candidato à sucessão na capital.
Estadão