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Cerca de 150 pessoas seguem desaparecidas, e autoridades prometem continuar procurando por possíveis sobreviventes — inclusive Lorenzo Leone, uma criança brasileira de 5 anos. Equipes de resgate trabalham nos escombros do condomínio Champlain Towers South, em 27 de junho de 2021, em Surfside. Prédio desabou parcialmente no dia 24 na região de Miami, na Flórida, nos Estados UnidosWilfredo Lee/APEquipes de resgate retiraram nesta segunda-feira (28) o décimo corpo dos escombros do prédio que desabou parcialmente na Flórida, nos Estados Unidos, na quinta-feira (24).Cerca de 150 pessoas ainda seguem desaparecidas, e autoridades prometem continuar procurando por possíveis sobreviventes. Mais da metade do Chaplain Towers desmoronou na madrugada, quando os moradores dormiam.Uma criança brasileira está entre os desaparecidos. Lorenzo Leone, de 5 anos, estava com seu pai, Alfredo Leone, quando o edifício veio abaixo. Sua mãe, Raquel Oliveira, não estava no apartamento porque visitava parte da família no Colorado.VEJA TAMBÉM:Autoridade disse que prédio era seguro após relatório apontar dano estrutural graveVeja quem são as vítimas já identificadas e alguns dos desaparecidosEntenda por que o resgate das vítimas do edifício é tão lento e difícilMiami: buscas por sobreviventes continuam em prédio que desabouEquipes de resgate usam guindastes, cães farejadores e equipamentos com infravermelho em busca de qualquer sinal de vida entre os escombros, na esperança de que bolsões de ar possam ter se formado sob o concreto — o que poderia manter pessoas com vida por tantos dias."Vamos continuar e trabalhar incessantemente para exaurir todas as opções possíveis em nossa busca", disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em uma coletiva de imprensa. "A operação de busca e resgate continua".Mas as chances de encontrar sobreviventes diminuem com o passar do tempo, e equipes de resgate estão tendo dificuldades para encontrar até mesmo restos mortais. Até o momento, as oito vítimas foram identificadas oficialmente pela polícia.O prédio fica em Surfside, cidade ao norte de Miami Beach e interligada por pontes a Miami continental. Os três municípios ficam no distrito de Miami-Dade, no sul da Flórida.Ariana Hevia, de New Orleans (centro), e Sean Wilt (à esquerda), próximo ao prédio de 12 andares que desabou parcialmente em Surfside, na Flórida. A mãe de Hevia, Cassondra Billedeau-Stratton, morava no edifício e morreu no desabamento.Lynne Sladky/APEscombros de parte do prédio que desabou em Surfside, na região de Miami, em foto de sábado (26)Gerald Herbert/AP'Dano estrutural grave'Um relatório feito em 2018 apontou que o condomínio onde ficava o prédio tinha um "grande dano estrutural", em uma laje de concreto abaixo do deck da piscina (veja no vídeo abaixo). A empresa responsável alertou a necessidade de reparos na estrutura.Apesar do alerta, uma autoridade municipal garantiu aos moradores do Chaplain Towers que o edifício estava "em muito bom estado". A informação sobre o relatório e a resposta do poder público foram revelados pela imprensa americana no fim de semana.O condomínio tinha uma grande deterioração estrutural no estacionamento, sob a torre de 40 anos, segundo o relatório. O documento alertava que uma uma laje estrutural de concreto precisava ser substituída "em um futuro próximo" devido a uma falha na impermeabilização (veja mais abaixo). Mas ainda não se sabe o motivo da tragédia, nem se esse dano estrutural pode estar relacionado a ela.Mais um corpo é retirado dos escombros do prédio que desabou parcialmente na Flórida Veja todos os VÍDEOS sobre o desabamento parcial do prédio na Flórida: