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Copa do Mundo de natação terá categoria para atletas transgênero

A World Aquatics, a Federação Internacional de Esportes Aquáticos, antiga Fina, anunciou nesta quarta-feira (16) que a Copa do Mundo de natação deste ano, entre 6 e 8 de outubro, em Berlim (Alemanha), terá uma categoria "aberta".


A World Aquatics, a Federação Internacional de Esportes Aquáticos, antiga Fina, anunciou nesta quarta-feira (16) que a Copa do Mundo de natação deste ano, entre 6 e 8 de outubro, em Berlim (Alemanha), terá uma categoria "aberta". Trata-se de uma iniciativa piloto, que permitirá a participação de atletas transgênero na competição.

Segundo a entidade, a categoria terá provas de 50 e 100 metros em todos os estilos, com possibilidade de inclusão de novas disputas. Os nadadores devem estar filiados a uma federação internacional e poderão participar individualmente ou representando o país ou clube que defendem.

"Quando a World Aquatics instituiu sua política de elegibilidade para as categorias de competição masculina e feminina, comprometeu-se a explorar a criação de uma categoria aberta. Fiel à nossa palavra, uma equipe de especialistas trabalhou diligentemente para tornar isso realidade", afirmou o presidente da federação, Husain Al-Musallam, em nota à imprensa.

O vice-presidente da Federação Alemã de Natação, Kai Morgenroth, também celebrou a iniciativa.

"Estamos orgulhosos de sediar um evento onde os nadadores poderão competir sem barreiras. Berlim é o centro de diversidade e inclusão da Alemanha e, portanto, o local perfeito para um projeto tão progressista".

A discussão sobre a presença de atletas transgênero em competições oficiais de natação ganhou força em março do ano passado, após a norte-americana Lia Thomas ganhar a prova dos 500m livre na NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional, na sigla em inglês) , principal evento de esporte universitário dos Estados Unidos. Ela foi a primeira nadadora trans a vencer um título nacional da modalidade.

Três meses depois, a federação internacional anunciou uma restrição à participação de mulheres trans que tenham vivenciado a puberdade masculina - ou seja, que não tenham concluído a transição de gênero antes dos 12 anos. Em março deste ano, a World Athletics, a Federação Internacional de Atletismo, tomou decisão semelhante.

Agencia Brasil

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