Uma menina de 5 anos identificada como Eloá Passos morreu baleada no peito enquanto brincava dentro de casa, na manhã deste sábado (12), na Ilha do Governador. Antes, perto dali, um jovem de 17 anos também morreu, desta vez em confronto com a Polícia Militar. O adolescente teria trocado tiros com a PM na Rua Paranapuã, no bairro do Tauá. Os dois foram encaminhados para o Hospital Municipal Evandro Freire (HMEF), onde já chegaram sem vida, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 7° BPM (Ilha do Governador) perceberam dois homens em uma moto na Rua Paranapuã, na Ilha do Governador, "onde o ocupante de carona portava uma pistola". A assessoria da PM informa que "de acordo com os policiais que atuaram na ação, após uma tentativa de abordagem, o indivíduo disparou contra a equipe, e houve revide". O homem que conduzia a moto foi levado à 37ª Delegacia de Polícia .
Em razão do ocorrido, populares iniciaram um protesto na Rua Paranapuã e fecharam a via de acesso ao Morro do Dendê. Um ônibus foi incendiado na Estrada da Cacuia, altura do número 1360. Uma equipe dos bombeiros foi enviada ao local.
PM do RJ afasta policiais envolvidos na morte do menino Thiago
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou da atuação nas ruas, provisoriamente, quatro agentes do Batalhão de Choque que atuaram na operação que terminou com a morte do adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O menino foi baleado e morto na madrugada da última segunda feira. Os quatro policiais ficarão afastados até o fim das investigações e vão cumprir funções administrativas.
A decisão da polícia ocorreu nessa sexta-feira, um dia após o presidente Lula afirmar, em cerimônia no Rio de Janeiro, que "um cidadão que atira num menino já caído é irresponsável e não estava preparado, do ponto de vista psicológico, para ser policial".
Thiago foi morto sem esboçar qualquer reação, de acordo com relatos de moradores da comunidade, ou oferecer risco à ação da tropa de choque da PM, que fazia uma operação na principal via de acesso à comunidade.
A ocorrência, além de chamar a atenção do presidente da República, também tem provocado reações da sociedade civil.
A Polícia Militar, num primeiro momento, disse que houve confronto e o rapaz acabou morto, mas a versão é contestada por moradores.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou ainda que "as armas usadas pelos militares foram apreendidas para a perícia e as imagens das câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil, que investiga o caso".
A corporação explicou que instaurou um procedimento de apuração, por meio de sua Corregedoria-Geral, para averiguar todas as circunstâncias do caso.
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