O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques precisou ser atendido após ter uma queda de pressão nesta quinta-feira (10). Após se recuperar, voltou a prestar informações aos investigadores da Polícia Federal, em Brasília (DF). O ex-dirigente afirmou que as blitze realizadas no dia do segundo turno das eleições de 2022 tinham o objetivo de proibir a compra de votos. Ele negou que a intenção fosse impedir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de votar.
Silvinei foi preso nesta quarta (9), em operação da PF. Ele é suspeito de ter mobilizado a estrutura da PRF para atrapalhar a ida de eleitores a locais de votação principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem mais popularidade. Na véspera das eleições, o ex-diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.
Mensagens de um servidor da PRF revelaram argumentos favoráveis ao "policiamento direcionado" por Vasques. Em relatório enviado à Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Flávio Dino, apontou que, entre os dias 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha mais popularidade. No mesmo período, foram 893, no Centro-Oeste; 571 ônibus no Sudeste; 632, no Sul; e 310, no Norte.
PB em Pauta