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Unesp de Araraquara desenvolve sensor que detecta gás tóxico e gasta menos energia

Por Jr Blitz 24/06/2021 às 07:06:01
Dispositivo é invisível a olho nu e consegue medir concentrações de um dos principais gases que compõe a poluição das grandes cidades. Sensor de gases tóxicos desenvolvido pela Unesp gasta menos energia

Carlos Bassan/Acervo Pessoal

Pesquisadores do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara (SP), desenvolveram um sensor de gases tóxicos que que consome menos energia e é invisível ao olho humano.

A tecnologia foi testada para identificar a presença do gás dióxido de nitrogênio (NO?), mas também pode ser adaptada para a detecção de óxido de nitrogênio (NO).

Ambos são gerados a partir de atividades que envolvem altas temperaturas e pressões, como a queima de combustível por automóveis ou processos realizados em indústrias químicas, que eliminam esses gases pelas chaminés.

Altamente tóxico o dióxido de nitrogênio não pode ser inalado por mais de 15 minutos quando em concentrações acima de 4 partes por milhão (ppm), sob risco de morte.

Sensor

O diferencial do dispositivo desenvolvido na Unesp é o baixo consumo de energia. Isso porque ele tem a espessura de um um fio de cabelo dividido por mil.

"Energia é um problema sério que a gente vai viver no futuro, a gente já está vendo crise energética, então quanto mais dispositivos você tiver que sejam funcionais e consumam pouca energia é importante. Além disso, tem a miniaturização que permite colocar diversos dispositivos no mesmo espaço", explicou o professor Marcelo Ornaghi Orlandi, um dos autores da pesquisa.

Feito de um composto químico chamado óxido de estanho, ele pode ser compactado em forma de nanofitas que podem ser adicionadas a outros dispositivos.

Orlandi conta que para a montagem do sensor foi necessário o uso de um microscópio especial que consegue fazer a manipulação das nanofitas.

Como funciona

Para identificar o gás tóxico, os cientistas avaliam alterações na resistência elétrica do sensor. “A partir do momento em que o gás entra em contato com o material, a resistência elétrica do sensor aumenta, reduzindo a corrente elétrica, indicando que o gás está presente”, explica Orlandi.

De acordo com o docente, esse tipo de sensor pode ser instalado em dispositivos em indústrias ou nas ruas onde o trânsito é intenso a fim de avaliar se as emissões do gás estão dentro dos limites permitidos.

Os resultados do trabalho foram publicados na Physical Chemistry Chemical Physics, revista científica internacional da área de física e química. A Unesp já está em diálogo com uma startup de Araraquara interessada em comercializar o dispositivo e os pesquisadores também estão abertos a outros parceiros interessados em colocar a tecnologia no mercado.

Veja mais notícias da região no G1 São Carlos e Araraquara.

Fonte: G1

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