Neto do artista encontrou em um baú diversas obras inéditas que foram reunidas em um projeto que conta com a participação de Arnaldo Antunes, Leila Pinheiro e Paulinho Moska. A obra de Pixinguinha acaba de ganhar 48 novas composições
Um tesouro garimpado no baú de um dos maiores nomes da música brasileira finalmente vai se tornar conhecido dos fãs. A obra de Pixinguinha, mestre do samba e do choro, acaba de ganhar 48 novas composições - algumas em parcerias com artistas que nunca tiveram a chance de ficar ao lado dele.
Pixinguinha morreu há 50 anos e deixou como herança muitos clássicos da música brasileira. O maior deles: "Carinhoso". Mas o baú do inquieto mestre, que produzia músicas sem parar, ainda guardava alguns presentes. Foi o que Marcelo Vianna, cantor e neto de Pixinguinha, descobriu muitos anos depois.
"Vai da década de 1920 até a década de 1960. Então é um período áureo dele composição. É um tesouro musical", diz Marcelo.
Com a participação do Instituto Moreira Salles, foram seis anos de pesquisa até chegar a esse tesouro com 48 músicas inéditas do avô genial.
Primeiro foram lançadas 36 composições instrumentais de Pixinguinha. Depois, Marcelo e o diretor musical Henrique Cazes decidiram que as outras doze inéditas do acervo mereciam a companhia de letras. Nasceu, então, o álbum "Pixinguinha: Canção", que acaba de ser lançado. Seis das músicas contam com a voz de Marcelo.
Com o projeto das músicas inéditas, novos artistas que não tiveram o privilégio de conviver com Pixinguinha, como Arnaldo Antunes, Leila Pinheiro e Paulinho Moska, agora se tornaram parceiros também.
"Eu fiquei muito honrado e feliz com o convite. Ao mesmo tempo, um pouco temeroso. Será que eu vou dar conta? Por conta do peso que a tradição do nome dele já traz pra gente", diz Arnaldo Antunes.
"Eu queria brincar de voltar no passado, de entrar na máquina do tempo e chegar em uma mesa de bar, escrever uma letra em um guardanapo de papel", diz Paulinho Moska.
Dessa viagem no tempo do Moska, nasceu a canção "Modinha: a dor traz o presente".
Já a música "Poética (Chuvisco na Telha)" ganhou a voz de Leila Pinheiro. "Fiquei muito feliz porque, de fato, é isso: perpetuando a obra desse gênio para as novas gerações", conclui a cantora.
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