A Polícia Federal investiga a comercialização de areia extraída ilegalmente na Paraíba. Para combater a prĂĄtica, uma operação, batizada de "Gafanhoto", foi deflagrada nesta terça-feira (20) na cidade de Conde, no Litoral Sul do estado.
De acordo com a investigação, donos de areeiros clandestinos extraem e comercializam o minério e, após o esgotamento da reserva, abandonam a ĂĄrea e a deixam totalmente degradada. Não pagam royalties, taxas, impostos.
Esses empresĂĄrios atuam nessa atividade sem autorização específica da AgĂȘncia Nacional de Mineração e do órgão ambiental estadual, no caso a SUDEMA. Eles vendem a carrada de areia extraída ilegalmente por um valor bem menor, prejudicando quem vende legalizado, fazendo concorrĂȘncia desleal.
Além dos donos dos areeiros, os ficheiros, operadores de mĂĄquinas e caçambeiros também podem ser indiciados por usurpação de matéria-prima da União e crime ambiental. Conforme Luís Fernando Ramadon, agente de Polícia Federal, especialista em Direito Ambiental, "alguns danos ambientais provocados pela exploração mineral são: alterações dos cursos d'ĂĄgua; aumento do teor do material sedimentado em suspensão, promovendo assoreamento; desmatamento; descaracterização do relevo; formação das cavas; assoreamento de cursos d'ĂĄgua, presentes; destruição de ĂĄreas de preservação permanente; destruição da flora e fauna; alteração do meio atmosférico (aumento da quantidade de poeira no ar); alteração dos processos geológicos (erosão), entre outros".
As condutas praticadas configuram os crimes previstos nos artigos 55 da Lei 9.605/98 e 2Âș da Lei 8.176/91 e outros podem surgir como falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: T5/BlitzParaiba