A mensagem ainda diz que o projeto é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil, e leva a uma nova mensagem que “explica” a lei. Nessa outra sessão, o aplicativo diz que a democracia está sob ataque no país e que o PL “matará a internet moderna” caso seja aprovado.
“Esse projeto de lei permite que o governo limite o que pode ser dito online ou forçar os aplicativos a removerem proativamente fatos, ou opiniões que ele considera ‘inaceitáveis’ e suspenda qualquer serviço de internet - sem uma ordem judicial”, continua o texto do Telegram, que lembrou que o ministro da Justiça, Flávio Dino, tinha requisitado sanções contra o aplicativo antes mesmo da PL 2630/2020 ser aprovada.
O telegram também chamou a lei de desnecessária, já que o Brasil já possui leis “para lidar com atividades criminosas que esse projeto de lei pretende abranger (incluindo ataques à democracia)”, disse outro trecho. No texto o aplicativo também disponibiliza um link para que os usuários cobrem Deputados Federais a votar contra a proposta.
Dados incompletos de neonazistas
No dia 26 de abril a Justiça Federal havia determinado a suspensão o Telegram no Brasil, após a plataforma entregar dados incompletos de grupos neonazistas que arquitetavam ataques às escolas brasileiras.“"A PF pediu e o Poder Judiciário deferiu que a rede social que não está cumprindo as decisões — no caso, o Telegram — tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades", citou Dino em coletiva de imprensa
Os dados foram solicitados depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, no Espírito Santo, que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas, apontou a interação do assassino com grupos de conteúdos antissemitas no Telegram.
Estadão