Segundo ela, a autorização para novos concursos só não está mais acelerada porque, com a troca de governo, os ministérios precisam discutir a redistribuição de vagas e a prioridades da nova gestão. A titular da pasta adiantou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) abrirá 502 vagas. Outro concurso à espera de autorização é o do Ministério do Meio Ambiente.
Concursos
Desde sua criação pelo novo governo, o Ministério da Gestão autorizou dois concursos neste ano. O primeiro, em março, foi destinado ao preenchimento de 30 vagas para o cargo de terceiro-secretário da carreira de diplomata do Ministério das Relações Exteriores, que exige nível superior completo. O último edital de concurso para diplomata foi publicado em 2022 com a oferta de 34 vagas, de acordo com a pasta.
O segundo certame foi autorizado em abril, para preencher 814 vagas de nível superior nas funções de analista, tecnologista e pesquisador do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI). Em fevereiro, o MGI também autorizou a nomeação de 40 candidatos aprovados no concurso público para especialistas em recursos minerais da Agência Nacional de Mineração.
Lula ressaltou a necessidade dos concursos: “Aos poucos, você vai ter que ir colocando servidor no seu lugar, aqueles concursados no seu lugar. A gente vai ter que fazer concursos em várias carreiras para a gente repor aquilo que tinha desaparecido. "Às vezes há uma incompreensão, não sei se por má-fé ou não. Mas toda vez que a gente fala em concurso, algumas pessoas falam 'começou a gastança'. Algumas pessoas não querem compreender que para melhorar qualquer serviço tem que contratar serviço humano, mulheres e homens. O ser humano precisa do ser humano”, declarou.
“A gente precisa de gente atrás do balcão para ouvir, dizer sim, dizer não. Não se melhora a educação sem funcionários técnicos. Não melhora a saúde sem mais médicos e enfermeiros. Se melhora o serviço público se contratar mais gente”, continuou.
“Diante do furacão que o Brasil foi vítima, se tem uma coisa que a população aprendeu com a passagem do desgoverno é valorizar a democracia, a negociação, o diálogo. Esse país passou exatamente quase seis anos em que não se teve uma reunião com sindicato, governador ou prefeito. Era um país que tinha um governante que falava apenas com os seus e esquecia que a sociedade é composta de muito mais gente. As pessoas precisam compreender que estamos na fase de reconstrução de um país que foi desmontado. Vocês não têm noção do desmonte que achamos”, afirmou também o presidente da República. (Com agências)
Estadão