"O problema da MP 1150, assinada por Jair Bolsonaro e pensada por Ricardo Salles, é que ela beneficia proprietários de terra que cometeram crimes ambientais, ampliando o prazo para que eles regularizem suas propriedades", afirmou a deputada Duda Salabert (PDT-MG). "As emendas flexibilizam a legislação ambiental e atacam a Lei da Mata Atlântica."
O deputado e ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles (PL-SP) alegou que a dificuldade do produtor rural de regularizar se deve ao fato de nem todos os estados terem aderido ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural. Ele ainda pediu que o prazo seja prolongado até dezembro de 2024 e não até 2023.
Essa é a sexta vez que é adiado a regulação para os que ainda não se adequaram ao Código Florestal, aprovado em 2012.
Na tribuna, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) alegou que as emendas "inviabilizam a Lei da Mata Atlântica e fazem com que se torne, na prática, impossível o desmatamento zero".
Apenas PDT, PSB, PSOL e Rede votaram contrários à MP.
Fonte: Estadão