Nessa quinta-feira (23/3), ela compartilhou o print do comentário preconceituoso nas redes sociais. "Parabéns, Nikolas. E essa repórter? Presta nem para dar faxina". Basilia titulou o post com "isso tem nome".
A mensagem racista do apoiador de Nikolas foi feita como comentário a um vídeo no YouTube, em que a jornalista entrevista o mineiro e a também deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS) no último dia 14.
Discurso transfóbico
Na entrevista, foi debatido o discurso transfóbico de Nikolas, entoado no dia 8 de março.
No Dia Internacional da Mulher, ele utilizou uma peruca e proferiu comentários preconceituosos. No dia seguinte, atacou o ativismo LGBTQIA+, por meio das redes sociais.
“O ativismo LGBT é o ativismo mais persecutório que existe. Ou você concorda ou deve ir para a cadeia. Cadeia que não pode abrigar menores que cometem estupro, latrocínio ou roubo, mas pode abrigar um deputado que está no seu exercício", disse o deputado federal, utilizando ironia em declaração divulgada em suas redes sociais.
Para Nikolas, o movimento LGBTQIA e feminista tem a mentira como invólucro. "O que eu disse no meu discurso foi exatamente uma defesa pelas mulheres, que estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres. E talvez as pessoas não estejam acostumadas com o que está acontecendo, porque esse movimento é muito silencioso e gradual. Antigamente, o que o movimento ativista LGBT e feminista queria privacidade, não queria mexer com ninguém. Mentira! Eu tinha razão com meu discurso. Bastava ser contrário a esses movimentos para ser considerado criminoso”, declarou o deputado.
Repercussão ao discurso transfóbico
O discurso de Nikolas do dia 8 foi repudiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): "O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje”.
O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) rotulou Nikolas como “moleque de quinta série”.
A também deputada Duda Salabert (PDT-MG) entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal para que o "parlamentar responda criminalmente pelas suas falas”. “Entendemos que imunidade parlamentar não blinda nenhum deputado de ato criminoso”, comentou.
Fonte: Estadão