G1
Na delegacia cliente não faz menção a agressão e diz que motoboys no protesto quebram interfone e atingiram o para-brisa do seu carro com pedras. Caso ocorreu na noite deste sábado, em Campo Grande. Confusão entre motoentregador e cliente termina com protesto e buzinaço em Campo GrandeUma confusão por causa de uma “buzinada” envolvendo de um lado um motoentregador e do outro o cliente que recebia um delivery, terminou com acusações de agressão física, ameaça, dano ao patrimônio privado, protesto com fechamento de via pública e a Polícia Militar acionada, na noite deste sábado (4), em Campo Grande. A desavença foi registrada pela Polícia Civil. Veja vídeo acima com imagens do protesto.O motoentregador Igor Brum Martini, de 21 anos, relatou ao g1 que acionado pelo app, foi até um shopping buscar a encomenda do cliente e, que na comanda não havia nenhum tipo de informação específica sobre como proceder na entrega, como, por exemplo: Não buzinar! Ou toque a campainha!“Então, fui lá, peguei o pedido e fui até a casa no cliente. Buzinei a primeira vez. Ninguém saiu para fora. Buzinei então a segunda vez e o cliente saiu e já foi falando: Você não aperta a campainha não? Na minha casa tem campainha! Não é para você ficar buzinando aqui na frente não!”.Igor disse então que explicou ao cliente que sua “obrigação era trazer o pedido” e não “descer da moto e tocar a campainha”. Ele também comentou que o cliente poderia acompanhar pelo app sua localização via GPS e esperar no portão a entrega, quando estivesse mais próximo ao local. O motoentregador relatou que, após sua explanação, o cliente ficou revoltado. “Ele me pegou pela alça da bag, puxou e me derrubou no chão. Pegou o pedido dele e entrou. Foi assim a agressão. Eu bati minhas costas no chão”. Após a agressão, Igor conta que relatou a colegas de trabalho o que havia ocorrido. Isso, provocou uma revolta e motoentregadores decidiram fazer um protesto em frente a casa do cliente. “Os motoentregadores enfrentam durante todo o dia coisas muito difíceis. Como racismo, preconceito. Eles ficaram revoltados com o que aconteceu. Foi a gota d´água para transbordar o copo. Ai eles decidiram fazer o protesto. Não fui eu”, aponta Igor. A rua em frente ao imóvel do cliente, no Jardim Paulista, foi praticamente fechada para o trânsito. Entre 100 e 200 entregadores participaram do ato. A manifestação terminou após o cliente acionar a Polícia Militar, que dispersou os motoboys.Protesto de motoentregadores no Jardim Paulista, em Campo Grande, na noite deste sábado (4)Redes SociaisOs envolvidos foram encaminhados para Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol. Na delegacia, o cliente, um empresário de 52 anos, apresentou uma versão diferente para a confusão. Ele relatou do desentendimento por conta da buzina, mas não fez nenhuma menção a ter puxado e derrubado o motoentregador. Disse somente que após uma breve discussão entrou para o interior de sua residência. O cliente apontou ainda no seu depoimento na Polícia Civil, que pouco depois observou dezenas de moto entregadores em frente a sua casa. O homem afirmou que eles fizeram um buzinaço e jogaram pedras na residência, quebrando o interfone e atingindo o para-brisa do seu carro. Relatou ainda que ele e sua família só se acalmaram após a chegada da PM, que dispersou os manifestantes. Ainda na delegacia, o cliente acusou Igor de ameça. Segundo o empresário, o motoentregador lhe disse que anotou as placas dos veículos da família e repassou os dados a outros motoboys para retaliações.Com as duas versões e sem conseguir apontar os suspeitos pelos danos na casa do cliente, a Depac Cepol registrou o caso como ameaça, dano e vias de fato. O boletim aponta que os autores ainda serão apurados, mas os dois principais envolvidos, o motoentregador e o cliente, figuram como vítimas. Veja mais vídeos de Mato Grosso do Sul: Uma confusão por causa de uma “buzinada” envolvendo de um lado um moto entregador e do outro o cliente que recebia um delivery, terminou com acusações de agressão física, ameaça, dano ao patrimônio privado, protesto com fechamento de via pública e a Polícia Militar acionada, na noite deste sábado (4), em Campo Grande. A desavença foi registrada pela Polícia Civil. O moto entregador Igor Brum Martini, de 21 anos, relatou ao g1 que acionado pelo app, foi até um shopping buscar a encomenda do cliente e que na comanda não havia nenhum tipo de informação específica sobre como proceder na entrega, como, por exemplo: Não buzinar! Ou toque a campainha!“Então, fui lá, peguei o pedido e fui até a casa no cliente. Buzinei a primeira vez. Ninguém saiu para fora. Buzinei então a segunda vez e o cliente saiu e já foi falando: Você não aperta a campainha não? Na minha casa tem campainha! Não é para você ficar buzinando aqui na frente não!”.Igor disse então que explicou ao cliente que sua “obrigação era trazer o pedido” e não “descer da moto e tocar a campainha”. Ele também comentou que o cliente poderia acompanhar pelo app sua localização via GPS e esperar no portão a entrega, quando estivesse mais próximo ao local. O moto entregador disse que, após sua explanação, o cliente ficou revoltado. “Ele me pegou pela alça da bag, puxou e me derrubou no chão. Pegou o pedido dele e entrou para dentro. Foi assim a agressão. Eu bati minhas costas no chão”. Após a agressão, Igor conta que relatou a colegas com quem trabalha, o que havia ocorrido. Isso, provocou uma revolta e moto entregadores decidiram fazer um protesto em frente a casa do cliente. “Os moto entregadores enfrentam durante todo o dia coisas muito difíceis. Como racismo, preconceito. Eles ficaram revoltados com o que aconteceu. Foi a gota d´água para transbordar o copo. Ai eles decidiram fazer o protesto. Não fui eu”, aponta Igor. A rua em frente ao imóvel do cliente, no Jardim Paulista, foi praticamente fechada para o trânsito. Entre 100 e 200 entregadores participaram do ato. A manifestação terminou após o cliente acionar a Polícia Militar, que dispersou os motoboys.Os envolvidos foram encaminhados para Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol. Na delegacia, o cliente, um empresário de 52 anos, apresentou uma versão diferente para a confusão. Ele relatou do desentendimento por conta da buzina, mas não fez qualquer menção a ter puxado e derrubado o motoentregador. Disse somente que após uma breve discussão entrou para o interior de sua residência. O cliente apontou ainda no seu depoimento na Polícia Civil, que pouco depois observou dezenas de moto entregadores em frente a sua casa, e que eles iniciaram um buzinaço e jogaram pedras em direção ao imóvel, quebrando interfone e atingindo o para-brisa do seu caso. Relatou ainda que ele e sua família só se acalmaram após a chegada da PM, que dispersou os manifestantes. Ainda na delegacia, o cliente acusou Igor de ameça. Segundo o empresário, o moto entregador lhe disse que anotou as placas dos veículos da família e repassou os dados a outros motoboys para retaliações.Com as duas versões e sem conseguir apontar os suspeitos pelos danos na casa do cliente, a Depac Cepol registrou o caso como ameaça, dano e vias de fato. O boletim aponta que os autores ainda serão apurados, mas os dois principais envolvidos, o moto entregador e o cliente, figuram como vítimas.