Às vésperas do Carnaval, servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) deram início a uma greve, por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (12/02). Mais de cem servidores de saúde participaram de um protesto nesta manhã na porta do hospital João XXIII, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A categoria reivindica a revogação da resolução 10.688, aprovada em dezembro do ano passado, que aumenta o número de plantões dos servidores, sem aumento da remuneração. A decisão vai na contramão da exigência na área da saúde que é a redução da jornada.
"Mais uma vez estamos aqui batalhando pelos nossos direitos, em pleno Carnaval. Vamos permanecer em greve", disse à reportagem o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros), Carlos Martins.
Os servidores criticam cortes de direitos para pais de filhos com deficiência, mudança trazida pela a resolução 27.471/2022. O decreto flexibiliza a jornada de trabalho apenas para mães e pais que tenham filhos com necessidades graves.
"Meu filho não tem problemas graves, mas ainda assim faz uma série de acompanhamentos previstos na lista de prioridades da resolução", questiona a servidora Graziela Paula, mãe do Eduardo Gabriel, de 12 anos, que tem autismo em grau leve.
Procurada pela reportagem, a Fhemig afirmou que mantém diálogo aberto com seus servidores, por meio de agendas fixas de reuniões com os seus representantes, para que sejam apresentadas as reivindicações e soluções propostas por ambos.
Estadão