Atropelamento aconteceu em setembro de 2021, em João Pessoa, e causou a morte de Kelton. Data do julgamento ainda não foi divulgada. Ruan Macário acusado no caso Kelton Marques
Reprodução/Arquivo Pessoal
O empresário Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, vai a juri popular por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, acusado de matar o motoboy Kelton Marques. O atropelamento aconteceu em setembro de 2021, em João Pessoa, e causou a morte de Kelton.
De acordo com a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota em decisão publicada na última quarta-feira (18), o caso teve a materialidade comprovada.
A juíza ainda manteve a prisão preventiva até o julgamento. Ruan está preso no Presídio de Catolé do Rocha desde o dia 29 de julho, quando se entregou à polícia após 10 meses foragido.
Em audiência de instrução realizada em novembro de 2022, Ruan Macário assumiu a autoria do crime enquanto era interrogado.
O réu afirmou estar fazendo uso de medicamentos para ansiedade e depressão na época do crime, além de ter ingerido bebidas alcoólicas, o que teria causado um surto, que provocou a direção em alta velocidade.
Entenda o caso
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O entregador Kelton Marques morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade, no Retão de Manaíra. Moradores da região afirmaram que a colisão aconteceu por volta das 4h da manhã. Ruan Macário é acusado de dirigir o veículo envolvido no acidente.
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Ruan Macário se apresentou à polícia na presença do advogado. O mandado de prisão preventiva que estava em aberto contra ele foi cumprido imediatamente. Ele foi interrogado pelo delegado Miroslav Alencar, mas ficou em silêncio e responderá apenas em juízo. Em seguida, foi encaminhado para o presídio de Catolé do Rocha.
Em junho de 2022, a defesa de Ruan Macário apresentou um novo pedido de habes corpus, que foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No dia do acidente, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas quando chegou a vítima já estava sem vida.
Kelton Marques tinha 33 anos, duas filhas e morava em Santa Rita. Ele trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas, e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa.
Com o impacto, a vítima chegou a ser arremessada e a motocicleta teve destruição total. O carro ficou parcialmente destruído.
De acordo com o delegado do caso, Luiz Eduardo, latas de cerveja e substâncias entorpecentes estavam espalhadas pelo carro do motorista.
Imagens do carro do motorista foram divulgadas à imprensa, onde foi possível perceber que além de estar a 163 km/h, o sinal vermelho foi ultrapassado.
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O acidente aconteceu no sentido que vai para a orla da capital, quando o condutor do carro passava pela Flávio Ribeiro e o motociclista cruzava pela Mirian Barreto. A força do impacto chegou a derrubar o muro de um residencial que fica no local.
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Fonte: G1 - Paraíba