Mesmo com a chuva que não dá trégua em Belo Horizonte, centenas de pessoas ocuparam a Praça Sete, no Centro da capital, ontem, para se manifestar a favor da democracia e contra os ataques terroristas realizados por manifestantes bolsonaristas no domingo, em Brasília. O ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais começou às 18h e durou cerca de duas horas. O grupo caminhou da Praça Sete até a Praça da Estação. Gritos de ordem contra o ataque terrorista, que resultou na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), e contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram entoados pelos manifestantes, como “sem anistia, sem perdão. Bolsonaro e seus golpistas na prisão" e "sem terrorismo, não dá pra passar pano para o fascismo". A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) marcou presença e afirmou que serão entregues representações e denúncias contra "parlamentares que estiveram incitando, participando e que estão ao lado do golpismo". “É inconcebível ter um mandato do povo, eleito democraticamente, e achar que o fascismo e a barbárie de ontem têm legitimidade", afirmou a petista. Também estiveram no ato torcidas organizadas Corinthians de Belo Horizonte, a Resistência Alvinegra, do Atlético, e a Resistência Azul Popular do Cruzeiro. Cerca de 70 mil manifestantes se reuniram ontem na Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato “pela defesa da democracia”. A concentração iniciou por volta das 18h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o MASP. Vários cartazes e gritos dos manifestantes pedem que não seja concedida a anistia aos golpistas que depredaram os prédios em Brasília. Além disso, também pediram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo Lula, estimulou o discurso antidemocrático ao longo de seu mandato. (Nataha Werneck)