Até o próximo dia 15 de janeiro, o Museu de Arte do Rio (MAR) vai funcionar com entrada gratuita para o público, coincidindo com o período de férias. Os visitantes poderão conhecer as sete exposições atualmente em cartaz no equipamento, além do mirante e o morrinho, locais já consagrados do museu.
Entre as atrações, estão duas novas mostras, inauguradas no último dia 10. Situada no quinto andar da Escola do Olhar, a exposição Clara Nunes apresenta fotos inéditas de uma das maiores cantoras da música brasileira, Clara Nunes, contando um pouco da relação da artista com o Rio de Janeiro.
Já a mostra Ter Histórias e Territórios, da Universidade das Quebradas, traz vivências e experiências dos alunos quebradeiros durante o curso Arte Preta: Filosofia, História e Curadoria, composto por palestras e troca de saberes entre artistas, professores e pensadores contemporâneos. Os alunos produziram os trabalhos e respondem pela curadoria da mostra, que ocupa o pilotis do museu e a biblioteca do MAR.
No pavilhão de exposições, outras cinco mostras poderão ser visitadas pelo público. Uma delas, é a exposição individual Lataria Espacial, do artista paraense Emmanuel Nassar, faz a integração entre o popular e o erudito. Os visitantes encontrarão ali um avião executivo em tamanho real e poderão interagir com a obra.
Mas as atrações não param por aí. No primeiro andar do Pavilhão de Exposições, a mostra itinerante da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto apresenta a história do líder
abolicionista norte-americano Frederick Douglass a partir de seus retratos, feitos ao longo da vida. A mostra conta ainda com obras de 13 artistas de oito países.
No segundo andar do pavilhão, o público terá oportunidade de conhecer a mostra Agnaldo Manuel dos Santos – A conquista da modernidade. Realizada em parceria com a Almeida & Dale Galeria de Arte, a mostra reúne mais de 70 esculturas em madeira do artista negro baiano, que morreu aos 35 anos, em 1962. Essa exposição ficará no MAR até o dia 26 de fevereiro de 2023.
Organizada em parceria com a Embaixada da França no Brasil, a exposição Margens, do fotógrafo francês Ludovic Carème, apresenta coletânea de 68 fotos, que serão doadas para o acervo do MAR. A mostra traz um olhar documental referente à dura realidade dos brasileiros e ficará no MAR até 26 de março do próximo ano.
A exposição principal do museu, por sua vez, Um defeito de cor, inaugurada em setembro deste ano, faz uma revisão historiográfica da escravidão abordando lutas, contextos sociais e culturais do século 19. A mostra é baseada no livro de Ana Maria Gonçalves, que também assina a curadoria ao lado de Marcelo Campos e Amanda Bonan. No total, são 400 obras de artes entre desenhos, pinturas, vídeos, esculturas e instalações de mais de 100 artistas do Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e, inclusive, do continente africano, em sua maioria negros, principalmente mulheres.
Iniciativa da prefeitura carioca em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) a partir de janeiro deste ano. O diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, informou que a OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação, em 1949.
Para a OEI, o Museu de Arte do Rio “representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comentou Callou.
O MAR tem apoio do governo fluminense e realização da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo e governo federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Situado na Praça Mauá, 5, região portuária do Rio de Janeiro, o museu funciona de quinta-feira a domingo, das 11h às 17h.
Fonte: Agencia Brasil