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G1 - Geral

Globo Repórter mostra como a força coletiva impulsiona e muda a vida das pessoas; veja a íntegra


No RS, grupo de costureiras gera trabalho para mais de 500 pessoas pelo Brasil. Em São Paulo, jovem criou o primeiro fundo filantrópico de mulheres negras do país. Globo Repórter - a força do coletivo – 16/12/2022

O Globo Repórter desta sexta-feira (16) mostrou como a força coletiva impulsiona e muda a vida da gente. O caminho percorrido por um grupo de costureiras de Porto Alegre hoje gera trabalho para mais de 500 pessoas pelo país.

Uma companhia de dança em um conjunto de favelas e uma rede de parcerias constrói o futuro de jovens cariocas. Em São Paulo, uma jovem entrou no mercado financeiro para ajudar outras mulheres negras a montar seu próprio negócio e criou o primeiro fundo filantrópico de mulheres negras do país.

No sertão baiano, mutirões trazem de volta o verde da Caatinga. Em Sergipe, os projetos inovadores que transformam uma cidade inteira. No sul de Sergipe, projetos inovadores transformam cidade de Santa Luzia do Itanhi em centro de ciência, educação e tecnologia.

Cooperativa de costureiras de Porto Alegre gera trabalho para mais de 500 pessoas pelo país

Costureiras da cooperativa Justa Trama, em Porto Alegre

Globo Repórter

Na Zona Norte de Porto Alegre, a Vila Nossa Senhora Aparecida é o resultado de 26 anos de lutas e conquistas que começou como uma ocupação de famílias desabrigadas e se transformou numa comunidade de quatro mil moradores, com asfalto, saneamento, luz, e até moeda local, para estimular as pessoas a consumirem dentro da vila. O que começou para gerar renda a donas de casa e mulheres desempregadas, hoje é apenas parte de uma rede de pequenas empresas que funcionam da mesma forma: cooperativas que dão conta de todas as etapas de produção, desde o plantio do algodão.

Companhia de dança e rede de parcerias do Conjunto de Favelas da Maré, no RJ, constrói o futuro de jovens

Bailarinos do Centro de Artes da Maré no espetáculo 'Encantado'

Globo Repórter

A força do trabalho coletivo fica clara em uma dança. Cada bailarino desempenha o seu papel na coreografia, mas é a força de todos, juntos, que faz o espetáculo. Na Nova Holanda, uma das 16 favelas do conjunto de Favelas da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, o Centro de Artes da Maré é um espaço aberto para quem quiser entrar e onde se formou parte dos bailarinos da Companhia de Dança Lia Rodrigues. O grupo faz sucesso na Europa, mas não abandona suas raízes e criou o espetáculo 'Encantado', no auge da pandemia. Do olhar sobre as necessidades de quem mora na favela, nasceu o Centro de Artes, um dos cinco pilares da ONG Redes da Maré, criada há quase 20 anos.

Jovem entra no mercado financeiro para ajudar empreendedoras e cria o primeiro fundo filantrópico de mulheres negras do Brasil

A cientista social Aline Odara e o repórter Carlos de Lannoy no maior centro financeiro da América Latina, em SP

Globo Repórter

O Globo Repórter conversou com a cientista social Aline Odara. Filha de uma faxineira, ela teve uma ideia fazendo vaquinhas para ajudar sua rede de amigos prounistas e conquistou investidores no maior centro financeiro da América Latina. Quando era bolsista na faculdade em Campinas, ela percebeu as dificuldades enfrentadas por mulheres negras e pobres, como ela, e criou o primeiro fundo filantrópico de mulheres negras do Brasil. Aline se reúne com representantes de bancos e investidores. O fundo já arrecadou cerca de R$ 1 milhão e beneficiou, aproximadamente, duas mil mulheres. Treinamentos online ensinam as práticas de negócios e o dinheiro vai para empresas como uma agência de afroturismo, que promove passeios pelo subúrbio carioca, e um café no quintal de uma casa, na Zona Leste de São Paulo. O impulso exige uma única contrapartida: fortalecer a ideia de rede, de que uma ajuda a outra a crescer.

Projetos inovadores transformam cidade de Santa Luzia do Itanhi, no sul de Sergipe, em centro de ciência, educação e tecnologia

Escola em Santa Luzia do Itanhi, no sul de Sergipe

Globo Repórter

A cidade de Santa Luzia do Itanhi, no sul de Sergipe, por exemplo, já teve um dos piores IDHs do país, até receber de volta o engenheiro Saulo Barreto, que se tornou co-fundador do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI). Em 13 anos, já são mais de 20 projetos interligados. Os moradores passaram a fazer parte do desenvolvimento da cidade, em vez de ficarem apenas recebendo ajuda de doadores. No projeto Synapse, cientistas de neurolinguística e professores locais desenvolveram um método onde o cotidiano dos alunos vira a matéria a ser estudada. Quando falam do próprio dia a dia, o português e a matemática ficam mais fáceis de entender.

No sertão baiano, mutirões trazem de volta o verde da Caatinga com o projeto Recaatingamento

Homem participa do projeto Recaatingamento, em Uauá, interior da Bahia

Globo Repórter

Em Uauá, interior da Bahia, a Caatinga começou a se degradar. Mulheres perceberam que o umbu, fruto saboroso do bioma, estava perdendo força e, a partir daí, nasceu o projeto Recaatingamento, criado pela comunidade de Ouricuri, junto com o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada, uma ONG baiana que promove a convivência com o semiárido. Juntos, começaram a separar áreas com o objetivo de regenerar a terra. Ao todo, 65 famílias se reúnem em mutirão para plantar, irrigar e preparar a terra. Elas plantam espécies perdidas ou que já não apareciam mais e delimitam áreas de proteção.

G1

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