O levantamento - feito em parceria com o Hemocentro de Ribeirão Preto e o Hospital Estadual de Serrana e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) - apontou que 95% dos casos de covid-19 identificados em Serrana foram leves, mesmo quando provocados pelas variantes Ômicron ou Delta, que se disseminam mais rapidamente.
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Vacinação em massa
A análise apontou, também, que a vacinação em massa fez com que 88,9% dos casos referentes à variante Gama fossem leves. Além disso, 98,1% das ocorrências relacionadas à variante Delta e 99,1% referentes à Ômicron também foram leves.
Segundo os pesquisadores, o estudo, apesar de não ser focado em efetividade vacinal, mas em uma análise filogenética - que examina o desenvolvimento evolutivo do vírus - demonstrou a influência positiva da vacinação.
“Apesar das ondas epidêmicas no período do estudo, observamos que a vacinação foi fundamental na redução da morbidade, dos casos graves e da mortalidade”, disseram eles.
O resultado da pesquisa ratificou estudo anterior divulgado pelo Projeto S, que apontou uma efetividade de 80,5% da CoronaVac contra casos sintomáticos de covid-19, de 95% contra hospitalizações e de 94,9% contra mortes provocadas pela covid-19.
Sublinhagens
O estudo identificou, ainda, 52 sublinhagens do vírus Sars-CoV-2 em circulação na cidade de Serrana, incluindo variantes raras que não haviam sido descritas no restante do país.
“Isso mostra a relevância de um monitoramento sistêmico das cepas circulantes, o que fornece informações moleculares e epidemiológicas importantes, ajudando não só a monitorar linhagens raras, mas também a predizer a introdução de variantes de preocupação e prever futuras ondas epidêmicas”, revelou a matéria.
Serrana fez parte de um estudo clínico que avaliou a eficiência e a efetividade do imunizante CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. Chamado de Projeto S, esse levantamento teve início em fevereiro do ano passado, com a vacinação em massa de toda a população adulta de Serrana com a CoronaVac.
Agencia Brasil