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Funcionamento da do HC-UFTM segue normalmente nesta sexta-feira (14). Tribunal determinou que entidades devem garantir pelo menos 80% no setor administrativo e de 100% para cada área médica e assistencial. HC-UFTM em UberabaEdmundo Gomide/UFTMContinua pelo segundo dia seguido, nesta sexta-feira (14), a greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que atuam no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) em Uberaba. Os funcionários da unidade aderiram ao movimento nacional nesta quinta-feira (13) por impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria.Além disso, uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desta quinta obriga a manutenção mínima de trabalhadores nos seus postos. Conforme a decisão, que as entidades sindicais devem garantir o percentual mínimo de 80% na área administrativa e de 100% para cada área médica e assistencial das unidades que aderiram à greve.A decisão é da ministra Delaíde Miranda Arantes e, em caso de descumprimento da medida, a pena é de multa diária de R$100 mil. A magistrada não nega a importância do direito de greve, mas afirmou que a interrupção dos serviços essenciais prestados pela Ebserh pode colocar em risco a sobrevivência e saúde da comunidade.O G1 entrou em contato com o HC-UFTM, que afirmou que a unidade está seguindo a decisão judicial e o funcionamento do hospital está normal.Posição do sindicato trabalhistaO Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal do Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG) informou ao G1 a greve não foi derrotada. Os funcionários vão acatar a decisão, mas mantendo o “estado de greve” "É apenas um recuo por conta da decisão judicial. É importante manter o processo de mobilização e aguardar os próximos desdobramentos que serão encaminhados pelas assessorias jurídicas junto ao TST", afirma a nota.A entidade ainda disse que uma assembeia será realizada com os trabalhadores da Ebserh das unidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia, na tarde desta sexta-feira para informar sobre a decisão do TST e definir estratégias de mobilização.A assessoria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) informou ao G1 nesta sexta que não teve registros de profissionais da unidade em adesão à greve.GreveDe acordo com o Sindsep-MG, a greve foi decidida durante assembleias no início do mês, após o impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria.Conforme o sindicato, das 65 cláusulas constantes da pauta de reivindicações da categoria, a empresa recusa 52 delas. Além disso, a Ebserh não propôs reajuste do salário e uma mudança na base de cálculo do adicional de insalubridade pode representar uma redução de até 27% na remuneração dos trabalhadores.O que diz a Ebserh"A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) esclarece que foi surpreendida com a comunicação proferida pelas entidades sindicais de deflagração de greve durante a pandemia, a partir da próxima quinta-feira, 13, durante o processo de negociação.As conversas não foram encerradas e o processo de Mediação e Conciliação Pré-Processual PMPP nº 1000116-32.2021.5.00.0000 segue em curso no Tribunal Superior do Trabalho (TST).A surpresa se deve principalmente pelo fato de que, dentro do processo de mediação, foi acordado entre todas as partes envolvidas um prazo até a próxima quinta-feira (20) para que a estatal envie uma nova proposta.A Ebserh esclarece que, por ser uma estatal dependente da União, todas as propostas que apresenta envolvem recursos orçamentários, inclusive as que se referem ao ACT 2020/2021, e demandam aprovação externa, o que, sem dúvida, tem estendido o processo de negociação para além do tempo desejado.Ainda é importante ressaltar que a proposta apresentada pela empresa mantém todas as cláusulas sociais do ACT vigente. A única mudança será na base de cálculo do adicional de insalubridade, a fim de adequá-la à CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), regime adotado na estatal, e ao que já é pago por todos os demais hospitais do país, sejam eles públicos ou privados.A ação mantém o pagamento do adicional de insalubridade, mas adapta a base de cálculo, sendo pago em cima do salário mínimo, e não mais sobre o salário-base. Importante ainda pontuar que a mudança no cálculo só acontecerá ao fim da pandemia.É importante acrescentar que a mudança de cálculo no adicional de insalubridade não configura um corte salarial. Conforme a legislação brasileira, os adicionais funcionam como bônus percebidos pelos trabalhadores por situações específicas, não se incorporando ao salário e podendo ser recalculados ou mesmo extintos quando a situação que ensejou o pagamento do bônus é mitigada ou deixa de existir.Com a adequação proposta, será possível ainda conceder aumentos em outros benefícios.A última proposta, por exemplo, previa o aumento fixo de R$ 500 na tabela salarial para todos os empregados Ebserh, independentemente do cargo ou do adicional de insalubridade.A estatal por fim reforça que não tem medido esforços para buscar as melhores condições possíveis para os trabalhadores da empresa".VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas