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Número de pinguins encontrados mortos em Florianópolis mais que dobrou em 2022; especialistas buscam respostas

Por Jr Blitz 06/11/2022 às 22:58:02
Uma força-tarefa tem se dedicado a entender o que está acontecendo e a salvar os que ainda chegam vivos. Segundo veterinária, a culpa das mortes é de um parasita que estaria ligado às mudanças climáticas. O mistério dos pinguins: aquecimento do Atlântico pode ser a causa das mortes

O mês de outubro registrou uma preocupante estatística nas praias de Florianópolis. Em comparação ao ano passado, mais que dobrou o número de pinguins mortos encontrados nas areias da ilha e uma força-tarefa tem se dedicado a entender o que está acontecendo e a salvar os que ainda chegam vivos.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos existe há sete anos. A média de pinguins encontrados mortos na capital catarinense sempre foi em torno mil animais a cada temporada. Mas em 2022 o número já é de quase 2,5 mil animais, um aumento de 146% em relação à média.

Em um centro de reabilitação de fauna marinha em Florianópolis, especialistas buscam respostas para o que está acontecendo de diferente este ano. Segundo a veterinária Marzia Antonelli, a culpa é de um parasita.

“Nós temos observado que os animais estão vindo com uma grande quantidade de parasitas nos sistemas respiratórios. Então, isso acaba dificultando a respiração e muitos deles já chegam mortos. A nossa hipótese é que seja relacionado às mudanças climáticas. O aumento da temperatura no Atlântico faz com que haja um alimento diferente, provavelmente um peixe, que transmite esse parasita aos pinguins”, explica.

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A reabilitação dos pinguins resgatados costuma levar dois meses. Os que já estão saudáveis ganham muita sardinha para recuperar o peso e, antes de serem devolvidos ao mar, cada um recebe um chip de identificação, do tamanho da pontinha de um lápis, que é injetado nas costas.

“Esse chip é importante, porque ele pode ser lido por algum pesquisador e, através desse número, a gente pode acompanhar todo o histórico de vida do animal. Essa é a melhor parte do nosso trabalho. A gente encontra 90% dos animais mortos e esses 10% que a gente consegue soltar é o máximo do trabalho”, afirma a coordenadora do centro.

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Fonte: G1

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