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Caso Bruno e Dom: Justiça autoriza soltura de suspeito de ordenar assassinatos de indigenista e jornalista

Por Jr Blitz 09/10/2022 às 18:02:22
Autorização foi dada pela Justiça Federal do Amazonas na quinta-feira (6). Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido sobre suposta participação nos homicídios. Relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos afirma que Brasil deve esgotar as investigações sobre a possibilidade de encontrar mandantes nos assassinatos de Dom e Bruno

Getty Images via BBC

A Justiça Federal do Amazonas autorizou a soltura de Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, suspeito de ser o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A autorização foi dada na última quinta-feira (6).

A defesa do suspeito informou que a Justiça revogou a privisão preventiva por reconhecer o direito de Colômbia de responder o processo em liberdade.

Segundo o advogado Eduardo de Souza Rodrigues, foi concedida a liberdade provisória, submetida a medidas cautelares, como o pagamento de uma fiança de R$ 15 mil, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de moradia em Manaus.

Rodrigues afirmou que Colômbia é investigado pelos homicídios, mas que a "PF ainda não reuniu um único elemento de ligação dele com as mortes". O advogado disse ainda que a defesa trabalha para mostrar que ele não participou do crime.

De acordo com o advogado, Colômbia vai passar por uma audiência de custódia no próximo dia 24 para tratar da liberdade no processo que apura sua participação em organização criminosa armada e crimes ambientais.

Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. À época, ele negou envolvimento com os assassinatos.

Caso Bruno e Dom: PF decide ouvir novamente presos por assassinatos e ocultação de cadáver

As mortes de Bruno e Dom ocorreram em junho deste ano na região da Terra Indígena Vale do Javari. Apesar de negar participação nos crimes, Colômbia é apontado por indígenas como o mandante das mortes de Bruno e Dom.

Ele também é suspeito de usar o esquema da pesca ilegal de pirarucu, tracajás e animais de caça para lavar dinheiro do narcotráfico.

O crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.

Fonte: G1

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