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Ele foi morto com tiros na Amazônia em 2019 e, três anos depois, ninguém foi preso. A Polícia Federal retomou as investigações sobre o assassinato do indigenista Maxciel Pereira dos Santos. Ele foi morto com tiros em Tabatinga, no Amazonas, em 2019. Três anos depois, ninguém foi preso.A nova frente de apuração da PF sobre a execução de Maxciel vai ter como base uma investigação que a própria família do indigenista conduziu para tentar solucionar o caso.Familiares do servidor ouviram moradores e indígenas da região onde Maxciel foi assassinado para tentar reconstruir os últimos passos dele. As provas colhidas foram entregues no início do ano para a Polícia Federal do Amazonas. O inquérito da PF está sob sigilo. A morte de Maxciel aconteceu na mesma região em que o também indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Philips foram assassinados.TirosMaxciel Pereira dos Santos era servidor da da Fundação Nacional do Índio (Funai) e foi morto com dois tiros na cabeça em 2019, em Tabatinga, cidade do Amazonas que faz fronteira com Colômbia e Peru. O colaborador da Funai dirigia uma motocicleta quando foi atingido com dois tiros na cabeça por volta das 18h30 do dia 6 de setembro daquele ano. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o hospital do Exército, mas não resistiu aos ferimentos.A suspeita da família de Maxciel é de que o homicídio tenha sido uma retaliação pelo trabalho que ele desenvolvia com indígenas na região do Vale do Javari. Maxciel Pereira dos Santos chefiou, por cinco anos, o Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Coordenação Regional do Vale do Javari, segundo informou a associação de servidores da Funai Indigenistas Associados (INA).