Candidato ao governo do RJ pelo PSB foi o segundo postulante ao Palácio Guanabara a ser entrevistado no RJ1. Nesta quarta-feira (14), será entrevistado Cláudio Castro (PL).
RJ1 entrevista Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do estado do Rio de Janeiro
Candidato ao governo do RJ pelo PSB, Marcelo Freixo, foi entrevistado pelo RJ1 nesta terça-feira (13) (assista acima).
Foi a segunda da série de entrevistas com candidatos ao governo do RJ no telejornal. A entrevista foi transmitida ao vivo.
Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de Marcelo Freixo ao g1
Na segunda, foi a vez de Rodrigo Neves (PDT) (veja o Fato ou Fake). Na quarta-feira (14), será entrevistado Cláudio Castro (PL).
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Marcelo Freixo. Leia:
"São cinco secretários presos nesse governo. Esse governo teve o secretário de Educação preso, de Educação, o secretário de Saúde preso, o secretário de Polícia preso, o secretário de Emprego preso e o secretário de Administração Penitenciária. Neste governo, cinco secretários presos."
selo não é bem assim
arte
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: O candidato afirmou que cinco secretários estaduais foram presos durante o governo de Wilson Witzel (governador cassado) e Cláudio Castro (PL). Freixo, inclusive, listou as pastas. Ele citou: Educação, Saúde, Polícia, Emprego e Administração Penitenciária.
Na verdade, quatro secretários foram presos. Desde o início do atual governo, em 2019, não houve prisão de chefes da pasta Trabalho e Renda – que corresponderia à Secretaria de Emprego, mencionada por Freixo.
Relembre abaixo as prisões de quatro secretários:
Edmar Santos, ex-secretário de Saúde, preso em julho de 2020.
Pedro Fernandes, ex-secretário de Educação, preso em setembro de 2020.
Raphael Montenegro, ex-secretário de Administração Penitenciária, preso em agosto de 2021.
Allan Turnowski, ex-secretário de Polícia Civil, preso em setembro de 2022.
"Tudo cabe nos 25% que a Constituição manda investir na Educação. (...) Pela primeira vez na vida um governador não aplicou os 25% obrigatórios, mínimo, que foi o Cláudio Castro."
Selo fake
G1
A declaração é #FAKE. Veja por quê: Não foi a primeira vez que um governador do RJ não aplicou o mínimo constitucional em educação. Durante o governo de Luiz Fernando Pezão (de 2014 a novembro de 2018), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) emitiu parecer contrário às contas de 2017 por, entre outros motivos, descumprimento da regra de aplicar verbas no ensino.
Segundo o TCE, naquele ano Pezão destinou 24,38% de receitas de impostos e transferências para manutenção e desenvolvimento do ensino. O mínimo previsto no Artigo 212 da Constituição é 25%.
"O mesmo julgamento que tornou o vice do Cláudio Castro [Washington Reis] inelegível, tornou o César Maia apto a disputar essa eleição. Por sete votos a zero."
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: O Tribunal Regional Eleitoral do RJ (TRE-RJ) decidiu, por unanimidade, no dia 6 de setembro, que César Maia (PSDB) pode concorrer ao cargo de vice-governador do estado na chapa de Marcelo Freixo.
A Procuradoria Regional Eleitoral pediu a impugnação de César Maia por ele ter sido condenado por improbidade administrativa, em 2020. A sentença também suspendeu os direitos políticos de Maia por cinco anos. Contudo, em julho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça suspendeu a cassação dos direitos políticos.
O Ministério Público Eleitoral, ao pedir que a candidatura fosse barrada, alegou que a pena de suspensão é "fixada na legislação". Maia acabou condenado a devolver mais de R$ 4 milhões à União por obras na Vila Pan-Americana.
"[As faltas na Comissão de Segurança foram] Antes de ser líder [da Minoria na Câmara dos Deputados, em Brasília], foi o período da pandemia, e não teve reunião de comissão. Foi exatamente no período da Minoria."
Selo fake
g1
A declaração é #FAKE. Veja por quê: Freixo foi questionado no RJ1 sobre a frequência dele na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, ainda como deputado federal. Entre 2019 e 2022, o candidato faltou a 326 sessões e marcou presença em 241 delas.
Nesta terça, Freixo afirmou que as ausências ocorreram no período da pandemia, quando segundo ele as reuniões na Comissão de Segurança não ocorreram. Entretanto, um levantamento do RJ1 aponta que, em 2019 – antes da pandemia – houve 121 faltas. Isso aconteceu, inclusive, antes de o então deputado ser escolhido para liderar a Minoria na Câmara.
Para explicar o motivo das faltas, Freixo disse que, ao virar líder da Minoria, em março de 2021, um substituto passou a representá-lo nas sessões da comissão.
"Priorizei investir em educação e saúde [com recursos de emendas parlamentares]. Esse foi o meu grande volume de emendas."
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: Nos últimos anos, como deputado federal, Freixo priorizou projetos nas áreas de educação e saúde. Foram 50 projetos para os segmentos entre os anos de 2020 e 2022. Para a segurança pública, o candidato teve autorizado investimentos em quatro projetos.
Freixo ainda teve verbas autorizadas para as áreas de Direitos Humanos, de Turismo e de Assistência Social. Os recursos destinados a esses setores foram menores do que para Saúde e Educação.
Fonte: G1