Candidata ao governo de Minas pelo PCO, Lourdes Francisco foi a décima entrevistada do g1. Lourdes Francisco (PCO) particpa do podcast Frango com Quiabo
Cintia Neves/TV Globo
A candidata do PCO ao governo de Minas Gerais, Lourdes Francisco, foi a décima entrevistada na série do g1, que teve início no dia 22 de agosto.
Às jornalistas Liliana Junger e Thais Pimentel, Lourdes Francisco defendeu a redução da jornada de trabalho para sete horas por dia como forma de gerar empregos.
Lourdes Francisco, candidata do PCO ao governo de Minas, é entrevistada pelo g1
Ela propôs também a taxação dos lucros dos grandes empresários e o fim da exigência de vestibular para acesso ao ensino superior.
Romeu Zema (Novo) abriu a série de entrevistas com os candidatos ao governo de Minas, no dia 22. No dia 23 de agosto, foi a vez de Carlos Viana, do PL. No dia 24, Alexandre Kalil (PSD). Os três candidatos tiveram 5% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto e, por isso, foram entrevistados ao vivo.
Os demais candidatos ao governo de Minas participaram de entrevistas gravadas. A de Marcus Pestana (PSDB) foi transmitida no dia 25 de agosto; a de Indira Xavier (UP), no dia 26; a de Renata Regina (PCB), no dia 29; a de Lorene Figueiredo (PSOL), no dia 30; a de Vanessa Portugal (PSTU), no dia 31; e a de Cabo Tristão (PMB), no dia1º de setembro.
A entrevista de Lourdes Francisco foi gravada no dia 26 de agosto.
VEJA COMO FORAM AS OUTRAS ENTREVISTAS:
Carlos Viana quer refazer acordo com a Vale, assume que candidatura dele foi 'plano B' e defende câmeras nas fardas de policiais
Alexandre Kalil diz que tem vergonha de falar de metrô, vai revogar o Regime de Recuperação Fiscal e que não está preocupado com pesquisa
Romeu Zema diz que 10 a 15 PMs são demitidos todos os meses, defende privatização da Cemig e promete reformar todas as escolas
Marcus Pestana diz que não existe velha e nova política, vai priorizar entrega de hospitais e não permitirá mineração na Serra do Curral
Indira Xavier defende política de combate à violência contra mulher, participação popular no orçamento e estatização do transporte
Renata Regina propõe taxação de escolas particulares, mecanismos de poder popular e ampliação do passe livre no transporte
Lorene Figueiredo quer priorizar erradicação da fome e defende protagonismo da mulher na política e áreas livres de mineração
Vanessa Portugal quer promover estatização da mineração, defende estado forte e propõe redução da jornada de trabalho
Cabo Tristão diz que é contra obrigatoriedade de câmeras na farda da PM e defende incentivo à mineração e tecnologia nas escolas
Emprego
Lourdes Francisco defendeu a redução da jornada de trabalho para sete horas por dia como forma de gerar empregos. Essa medida, segundo a candidata, permitiria também a readmissão de empregados demitidos durante a pandemia.
Segundo ela, para que isso seja possível, é necessário fazer uma articulação com a classe empresarial.
"Nós temos que ter consciência que somos uma classe trabalhadora, somos humanos, principalmente, temos que estar de mãos dadas um com o outro. O investimento no ser humano é o que nos interessa, o trabalhador em primeiro lugar", afirmou Lourdes.
Mineração
Em relação à mineração, a candidata disse que é favorável à atividade para o desenvolvimento da indústria, mas defendeu que a exploração minerária inclua populações tradicionais, indígenas e outros nos lucros.
"O trabalhador que mora na zona rural, que depende do solo, depende da água, depende daquela natureza toda, ele fica sem a terra e sem a condição de produzir o próprio alimento (...) Todas as populações são importantes porque produzem uma riqueza material e imaterial em cima de um solo", disse.
Mudanças na arrecadação
Lourdes Francisco defende a taxação de lucros de grandes empresários.
Segundo ela, dessa forma, é possível ampliar o salário mínimo para R$ 7.500. O valor consta no plano de governo da candidata como "suficiente para atender às necessidades do trabalhador e de sua família".
"Os grandes empresários, eles que teriam que arcar com isso, porque eles tiram a riqueza da terra, é o trabalhador que produz a riqueza. Então, nada mais justo que esse trabalhador participar melhor desses lucros", disse a candidata.
Educação
Lourdes Francisco disse que o vestibular deve ser extinto e que a conclusão do ensino médio já deve ser uma prova de que o aluno está apto para cursar o ensino superior.
"É claro que a gente tem exceções, mas a maioria tem condição, sim, e o investimento na educação levaria mais pessoas a ter condição de fazer o ensino superior tranquilamente", falou a candidata.
Ela também defende que a gestão das escolas seja feita pelos próprios funcionários e pela comunidade local.
"A escola tem que receber um investimento maior porque o filho do trabalhador está ali", afirmou.
Segurança
Lourdes Francisco defendeu a dissolução da Polícia Militar (PM) e a criação de comitês de autodefesa nos bairros.
"A polícia hoje dentro das comunidades traz medo, a gente não sabe se está lidando com bandido ou policial. A Polícia Militar é muito ofensiva para o trabalhador, ela faz um trabalho que nos dá medo, que nos coloca oprimidos", falou.
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