Atriz estava internada em um hospital da Zona Sul. Causa da morte ainda não foi divulgada. A atriz Cláudia Jimenez, em foto de arquivo
Reprodução/Redes sociais
O corpo da atriz Claudia Jimenez deixou o Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado.
A intérprete de Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo”, e de Edileuza, de “Sai de Baixo”, morreu no início da manhã aos 63 anos.
O velório será neste sábado, das 12h às 16h30, no Salão Celestial do Memorial do Carmo, no Caju.
Até a última atualização desta reportagem, a causa da morte não havia sido divulgada.
Cacilda e Edileuza
Divulgação
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Vida e carreira
Filha de um cantor de tangos e caixeiro viajante e uma enroladora de bala de coco, Cláudia Maria Patitucci Jimenez nasceu na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em 1958.
Ela fez o curso normal, com especialização em maternal e jardim de infância, e já na juventude se dedicou ao teatro amador.
“Sempre fui palhaça, sempre. No colégio de freira me pagavam um chocolate, bala para eu não deixar de ir na aula de religião, porque quando eu ia era um divertimento só”, disse.
Sua estreia no teatro profissional foi em 1978, na peça “Opera do Malandro”, de Chico Buarque, em que viveu a prostituta Mimi Bibelô.
Foi o diretor Mauricio Sherman que a levou para a TV Globo. Nos anos 1980, Claudia participou da abertura do programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares, e deu vida à insaciável Pureza, mulher de Apolo, do bordão “Ainda morro disso!”, em “Chico City”. “A Pureza só pensava em transar”, lembrou Claudia, em entrevista à “Folha de S.Paulo”.
Paulo Silvino posa ao lado de Claudia Jimenez durante gravação da mensagem de fim de ano da Globo em 2014
Renato Rocha Miranda/Globo
A partir de 1990, Claudia Jimenez viveu a desbocada e saliente Dona Cacilda, uma das alunas da “Escolinha do Professor Raimundo”, com o “professor” Chico Anysio. Com Cacilda, emplacou outro bordão: “Beijinho, beijinho, pau, pau”.
Cacilda, lembrou Claudia em 2014, ela guarda no coração. “Não era nem propriamente pelo personagem, mas pelo que eu vivi ali dentro. Foram seis anos de gargalhadas”, destacou. Esse papel lhe rendeu o Troféu APCA de melhor atriz comediante em 1991.
Em 1996, Claudia deu vida a mais uma personagem icônica: a doméstica Edileuza, de “Sai de Baixo”. Seus embates com Caco Antibes, de Miguel Falabella, fizeram a plateia gargalhar. Foi apenas uma temporada, mas até hoje seus bordões são lembrados.
Claudia também fez novelas. Foi a Bina de “Torre de Babel” (1998), a Dagmar de “As Filhas da Mãe” (2001), a Consuelo de “América” (2005), a Custódia de “Sete Pecados” (2007), a Violante de “Negócio da China” (2008), a Zélia de “Além do Horizonte” (2013) e a Lucrécia de “Haja Coração” (2016).
No cinema, atuou em “Gabriela, Cravo e Canela” (1983), “Ópera do Malandro” (1986) e Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987). Também dublou a Ellie de “A Era do Gelo”. Com a Bia de “O Corpo” (1991), ganhou como melhor atriz no Festival de Brasília.
Seu último papel foi a Bibiana do quadro “Infratores”, no Fantástico, em 2018.
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Fonte: G1