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Férias em BH: Espaço do Conhecimento UFMG oferece experiências espaciais

Por Jr Blitz 30/07/2022 às 10:12:03

 

O Espaço do Conhecimento, equipamento da UFMG na Praça da Liberdade, há alguns anos, conta com programação de férias escolares durante os meses de janeiro e julho. Neste ano, além de atividades ligadas a astronomia, por causa do Planetário, foram também pensadas diversas oficinas, para que crianças, jovens, adultos e idosos fossem atendidos.

 


“Esses são os meses em que batemos recorde de público espontâneo no museu, sendo, em sua maioria, amília. Então é um público com crianças, jovens, pais, avós, tios e amigos. Criamos uma programação ara atender esse público, que é muito grande, sobretudo nos meses de férias escolares”, contou a diretora Científico-Cultural do Espaço do Conhecimento UFMG Sibelle Diniz.


Inaugurado em 2010, o local foi o primeiro museu do Circuito Liberdade. Os visitantes conseguem ter não só contato com arte, a partir de exposições de curta e longa duração, mas também exploram o conhecimento dos astros, por meio de experiências únicas.


No Planetário, localizado no quinto andar, todo o ambiente se transforma em cinema imersivo, o que fornece uma sensação de total profundidade. As poltronas são reclinadas e, ao longo do dia, várias sessões ocorrem. Já no terraço astronômico, reaberto no mês passado, após dois anos fechado pela pandemia, é possível encontrar dois telescópios e um teto retrátil, que concede a visualização de diferentes objetos e observações noturna e solar.

Viagem ao espaço

Segundo Sibelle, a programação de férias foi pensada para atender a diversidade de público que visita ao museu durante esse período. “Criamos ações que não só atendem várias faixas etárias, mas que também dialogam com a proposta do espaço, sendo um lugar de divulgação científico cultural. Então, o critério para pensar as atividades foi a possibilidade de uma criança poder participar com adultos ou idosos, por exemplo”, afirmou.

 

A partir disso, as ações foram divididas de acordo com as temáticas astronômica e educativa. No Planetário, os visitantes têm mais de seis opções de curta-metragem para poder explorar e vivenciar a experiência espacial. As classificações indicativas são variadas e podem ser consultadas no site ou bilheteria do museu.

 

“O Planetário é um ambiente muito imersivo. Apesar de parecer um cinema, difere, pois a tela é domo, e assim conseguimos projetar, por exemplo, em um formato de meia esfera. Além disso, as pessoas assistem à projeção com a cadeira bastante reclinada. Então, são exibidos filmes de vários assuntos, principalmente astronomia”, explicou a diretora Científico-Cultural do Espaço do Conhecimento UFMG.

Oficinas educativas

Na temática ligada ao núcleo educativo do museu dialoga com a exposição de curta duração “Mundos Indígenas” e de longa duração “Demasiado Humano”. Esta foi distribuída em três andares do Espaço e retrata a aventura do conhecimento humano, abordando a origem da vida, a evolução e a trajetória humana na Terra.


A “Oficina na Curva do Espaço-Tempo” dialoga não só com o painel “Extratos do Tempo” da exposição, mas também aborda o assunto astronômico. Nela, será possível perceber alguns fenômenos associados à influência da gravidade sobre os corpos, e será ensinado as noções dos conceitos de massa, gravidade e espaço-tempo, por meio da cama elástica gravitacional e algumas analogias. Além disso, foi oferecida a atividade “Desvendando Mapas”, oferecida na última semana.

 

Já em “Mundos Indígenas”, curadores e curadoras indígenas de cinco povos (Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikm%u1FE6’%u1FE6n (Maxakali) e Pataxoop) convidam ao público a conhecer seus mundos. Neles são criados e envolvem experiências humanas e outras, como plantas, animais e espíritos, com quem convivem afetivamente.

 

 

Nesta proposta está na programação a “Oficina em Papel Cerâmico”, que tem como ponto de partida as cerâmicas e o conceito de “Corpo-Território”, apresentado pelos curadores Xakriabá. A atividade consistirá na produção de pinturas em papéis que simulam as cerâmicas. Outra atividade é a oficina “Outros Jeitos de Desenhar: Experimentando Traços”, onde, por meio da experimentação em desenho, com três proposições, serão explorados um exercício para além da ideia do desenho perfeito e controlado.

 

“Nessas ações o público têm um contato maior com os nossos mediadores. Também estimula o trabalho manual, pois é um interesse grande do nosso público. Estamos em um momento que estamos muito ligados às telas de celulares e computadores, e essas atividades propõem outras dinâmicas”, disse Sibelle.

Possibilidades virtuais

Para quem não puder visitar o museu durante as férias e tiver interesse no tema, foi disponibilizado no Canal do YouTube do Espaço do Conhecimento a live “Descobrindo o Céu - Os dinossauros foram extintos?”. O assunto desta edição vai abordar sobre a extinção dos dinossauros, que teria sido provocada por um asteroide de aproximadamente 10 km que encontrou a Terra em sua rota, há aproximadamente 65 milhões de anos.

 

 

Outra possibilidade virtual, é o calendário astronômico 2022-2023, disponibilizado no site do museu. No formato de jogo no estilo retrô, a linguagem agrada aos fãs das artes digitais e do mundo gamer. O conteúdo didático e animado é feito para acessar, preferencialmente, pelo celular e destinado ao público em geral.

 

Além disso, a exposição “Mundos Indígenas” poderá ser visitada virtualmente, a partir de uma playlist de vídeos feitos pelo museu e disponíveis no YouTube. Outra exposição virtual é “Sertão Mundo”, inspirada na obra do escritor Guimarães Rosa, pois o Sertão serve de cenário para as diversas questões universais trazidas pelo autor em suas histórias.

A partir de diferentes interpretações, seja na música, nos bordados, na dança, na sonoridade, na culinária, nas artes visuais, nos brinquedos e brincadeiras, nas artes visuais ou na literatura a exposição leva os vistantes a apreciar escutas e vozes de diferentes sertões.

Diversão e aprendizado

A professora Marilu Ribeiro Pimenta, de 44, afirmou que sempre busca levar o filho Heitor Pimenta, de 8, para atividades que promovem diversão e aprendizado. “Na ocasião, fizemos um roteiro para conhecer a cidade. Durante a manhã, visitamos o Museu de Artes e Ofício e os prédios histórico da região central. Já a tarde finalizamos no Espaço do Conhecimento da UFMG”, disse.

 

 

Ela contou que o filho tem muito interesse em astronomia. “O Heitor gosta de assuntos ligados ao tema e o Espaço do Conhecimento aumenta o interesse sobre o assunto”, afirmou.

 

Já a Educadora Parental Lívia Saliba, de 43, afirmou que o passeio com os filhos Miguel, de 7, e Maria Luiza, de 6, tornou o assunto pra semana. “O museu realmente ‘envolve’ as crianças. Além disso, é uma ótima oportunidade para os pais ampliarem o conhecimento com seus filhos”, explicou.


Para Lívia, o Espaço oferece muita interação, o que faz todos pararem em cada tema, ler juntos e trocar ideias. “O formato do museu estimula isso. Diferente de um cinema, por exemplo, onde cada um está em seu mundo vivenciando a mesma realidade”, ressaltou.

Informações

%u25CF Oficina Na Curva do Espaço-Tempo
Dia: 30 (sábado), às 15h

 

%u25CF Observação Solar
O Terraço Astronômico do Espaço conta com dois telescópios e um teto retrátil, que permitem ao público contemplar objetos diferentes no céu de BH. A atividade é gratuita, com grupos reduzidos de 10 pessoas a cada 15 minutos. Para participar, é preciso retirar uma senha na recepção – serão distribuídas 70 – a partir das 10h.


%u25CF Oficina em Papel Cerâmico
Dia: 31 (domingo), às 15h


%u25CF Live Descobrindo o Céu (virtual)
Dia: 28 (quinta) – Os dinossauros foram extintos?
Onde: youtube.com/espacoufmg
Público: interessados em geral em temas da Astronomia

%u25CF Calendário Astronômico (disponível online)
Público: crianças, jovens, adultos e idosos.
Onde: acesse pelo link bit.ly/calespaco8bit

 

Espaço do Conhecimento UFMG

Funcionamento: de terça à domingo, de 10h às 17h (sábado de 10h às 21h), com todos os andares
acessíveis.
Endereço: Praça da Liberdade, 700, Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 3409-8350

Fonte: Estadão

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