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López Obrador afirmou que já ofereceu proteção e asilo a Julian Assange. 'Jornalismo não é crime', diz faixa em protesto em Londres contra a extradição de AssangeDaniel Leal-Olivas/AFPO presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse, nesta segunda-feira (18), que entregou uma carta a Joe Biden na qual defende o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que deve ser extraditado do Reino Unido aos Estados Unidos, onde ele deve ser processado por espionagem.Leia tambémGoverno britânico confirma extradição de Julian Assange para os EUAJulian Assange, fundador do WikiLeaks, fica mais perto da extradição para os Estados UnidosJulian Assange sofreu 'pequeno derrame cerebral' na prisão, afirma companheira"Deixei uma carta ao presidente Biden sobre Assange lhe explicando que Assange não cometeu nenhum crime grave. Ele não causou a morte de ninguém, não violou nenhum direito humano e exerceu sua liberdade", disse López Obrador.O presidente mexicano visitou os EUA na semana passada. No documento, ele afirma que deter Assange "representaria uma afronta permanente à liberdade de expressão e à liberdade". Ele também disse que pode oferecer "proteção e asilo" a Assange.Governo britânico aprova extradição de Julian Assange para os EUALópez Obrador afirmou que Biden ainda não respondeu à carta. "Tenho que ser respeitoso, tenho que esperar que ele analise [a carta] e se dê o devido tempo", disse.Processo contra AssangeAssange pode ser condenado nos EUA a 175 anos de prisão por ter divulgado, em 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão. Os arquivos foram publicados na plataforma WikiLeaks.A Justiça dos EUA o denunciou por espionagem em maio de 2019, em virtude de uma lei aprovada em 1917 para impedir a divulgação de informações confidenciais em tempos de guerra.Assange foi detido pela polícia britânica em 2019 após refugiar-se durante sete anos na embaixada do Equador em Londres e, desde então, permanece detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, perto da capital britânica.Em 17 de junho, o governo britânico anunciou que firmou o decreto para sua extradição aos Estados Unidos, uma decisão da qual Assange recorreu em 1º de julho.Veja os vídeos mais assistidos do g1