01/06/2024 +55 (83) 988111301

Geral

Monique, mãe de Henry Borel, cumpre decisão de Justiça e se apresenta para voltar à cadeia

Por Jr Blitz 29/06/2022 às 00:26:14
Monique Medeiros se apresentou ao 16ª DP (Barra da Tijuca) na noite desta terça-feira (29). A justiça determinou que Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, volte pra prisão

Monique Medeiros, a mãe do menino Henry Borel, se apresentou ao 16ª DP (Barra da Tijuca) na noite desta terça-feira (29), para voltar a cadeia, conforme determinação da Justiça.

Ainda não há informações se ela irá para o Batalhão Prisional da Polícia Militar (PM), em Niterói, ou para a unidade do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão.

Mais cedo nesta terça, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, determinou que Monique Medeiros volte para a cadeia.

Monique e padrasto de Henry, o ex-vereador Dr. Jairinho, são réus pela morte da criança; segundo a polícia, Jairinho torturou o menino, e a mãe sabia.

O desembargador acatou um recurso do Ministéiro Público (MP) contra uma decisão da 2ª Vara Criminal do Rio do início de abril que permitiu que Monique fosse solta, usando tornozeleira eletrônica. Monique será levada para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio.

Monique Medeiros duranta audiência no TJ

Divulgação/TJ Brunno Dantas

O pai de Henry, Leniel Borel, comemorou a volta de Monique para a prisão:

"O sentimento é de justiça sendo feita. Respeitamos a decisão [anterior, que concedeu a prisão domiciliar], mas não concordamos. Graças a Deus temos o Ministério Público, o promotor Fábio Vieira. A decisão foi por unanimidade e não tinha nada de novo."

"Os desembargadores dizem que foi uma decisão [da primeira instância] híbrida e confusa, unidirecional. A Justiça não estava sendo feita. E não estou falando só do Leniel como pai, mas como cidadão. Eu luto todo dia por justiça pelo meu filho, para que a verdade apareça... Um ano e 4 meses... Talvez aqueles dois nunca falem", acrescentou.

Recurso fala em 'envolvimento' em redes sociais após soltura

Na decisão anterior, a juíza Elizabeth Machado Louro manifestou preocupação com ameaças sofridas por Monique dentro da cadeia e disse que a manutenção da prisão "não favorece a garantia da ordem pública". A juíza ainda escreveu que a acusação não imputa utilização de "violência extremada" por Monique e que "não há nos autos nenhuma indicação de que a requerente tenha visto sequer qualquer dos atos violentos".

Segundo MP, Monique teve 'envolvimento' com redes após soltura

Reprodução

A decisão da juíza, entretanto, contrariou a recomendação do Ministério Público, que recorreu. Os promotores enviaram prints que comprovariam que Monique teve "envolvimento" com redes sociais depois da soltura.

Também afirmaram que não há embasamento legal ou fático para se permitir a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

Relaxamento de prisão para Jairinho negado

O mesmo desembargador que mandou Jairinho para a prisão, Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou na última sexta-feira (24) um pedido de relaxamento de prisão para o Dr. Jairinho.

A defesa do ex-vereador questiona a ação constitucional e o tempo da prisão antes do júri. Além disso, aponta ser desnecessária e arbitrária a prisão de Jairinho, já que Monique foi agraciada com o benefício da prisão domiciliar monitorada.

O desembargador diz que o "exame de violação do preceito que assegura ao jurisdicionado o direito à razoável duração do processo deve ser feito caso a caso, não se jungindo apenas à contagem matemática, sendo perfeitamente admissível dilatação que se faça necessária em função das circunstâncias próprias da espécie".

Sobre a "desnecessidade da prisão", o desembargador diz que não há provas ou fatos novos no pedido que justifiquem a soltura.

Leia Mais:

Polícia prende vereador Dr. Jairinho e mãe de Henry Borel pela morte do menino

Segunda Turma do STF rejeitou por unanimidade recurso do ex-vereador Jairinho contra prisão

VÍDEOS: veja reportagens sobre o caso

Caso Henry: veja perguntas e respostas sobre morte do menino no Rio

VÍDEO: O que se sabe sobre a morte do menino Henry Borel, no Rio

Morte em 2021

Henry de 4 anos morreu no dia 8 de março de 2021 e, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi vítima de torturas realizadas pelo então vereador Dr. Jairinho. Monique também responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.

Morte Henry: o que diz o laudo e quais foram as lesões encontradas no corpo do menino

Monique e Jairinho foram presos em abril do ano passado. Como o g1 noticiou, o convívio entre presas com as quais Monique dividiu a cela no Complexo Penitenciário de Gericinó, revelou à gestão da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) uma série de denúncias de episódios de violência, acusações e ameaças pelas detentas.

Fonte: G1

Comunicar erro
Comentários

Queremos Saber!

Qual seria seu candidato para prefeito de Bayeux ?