A Academia de Hollywood vai anunciar os ganhadores no domingo (25). Oscar 2021 é marcado por filmes de protesto
No domingo (25), a Academia de Hollywood vai anunciar os ganhadores do Oscar. E este ano, entre os candidatos a melhor filme, a maioria aborda temas sociais e de protesto.
Quem não se sentiu completamente isolado do resto do mundo no último ano? Dentro de casa, sem poder sair, quase como num filme todo gravado, num único apartamento. Famílias inteiras, avós e netos sem poder se ver. Foi também um ano marcado por alguns dos maiores protestos da história. Luta contra o racismo e a violência policial. A arte e a vida. Afinal, quem imita quem? Existe uma grande dose de realidade nos indicados ao Oscar deste ano.
O favorito, “Nomadland”, extrapola: tem só dois atores no elenco principal, os outros são personagens reais que contam como e por que largaram tudo para viver na estrada.
A autora do livro que deu origem ao filme, Jessica Bruder, acredita que estamos num momento de profunda reflexão sobre o mundo que nos cerca.
O Oscar também é um reflexo desse momento. Mais de 100 grandes produções em Hollywood foram adiadas ou interrompidas por causa da pandemia. As cidades cenográficas ficaram parecendo cidades fantasmas. As salas de cinema viraram território proibido e as produções independentes, com temáticas mais críticas, ganharam espaço.
A crítica de cinema Nell Minow diz que, num ano normal, “Nomadland” dificilmente seria o favorito para melhor filme. A diretora do filme, Chloe Zhao, também é a favorita na categoria de melhor direção. E concorre ao lado de outra mulher, Emerald Fennel, que levou o movimento “Me Too” às últimas consequências em “Bela Vingança”.
As mulheres, aliás, bateram recorde este ano, com 76 indicações. O Oscar de 2021 também é o mais inclusivo da história. Nove das 20 indicações nas categorias de atuação foram para negros, asiáticos e um muçulmano.
Yuh-Jung Youn, a vovó diferentona que roubou a cena em “Minari - Em busca da felicidade”, é a primeira atriz coreana a ser indicada ao Oscar e diz que já se considera uma vitoriosa: “É preciso ser mais aberto em relação a outras culturas, afinal, o mundo está cada vez menor.”
Ela disse que foi simples transformar uma avó coreana num personagem tão universal: “Somos todos humanos, com os mesmos sentimentos, o mesmo coração.”
O G1 e o Globoplay transmitem a cerimônia do Oscar, no domingo (25), desde o tapete vermelho, a partir das 19h30, horário de Brasília. Na Globo, a transmissão começa depois do BBB.
Fonte: G1