As agulhadas podem até ter deixado alguns mais apreensivos, com medo de doer, mas de uma maneira geral o que mais se viu nos postos montados nas escolas da capital mineira foi emoção e gratidão dos pequenos por poderem se imunizar, se proteger e voltar à vida normal, retornar às salas de aula com mais tranquilidade e rever os colegas.“Fiquei muito feliz, estava esperando esta vacina para ir à escola e poder rever os meus amigos, porque foi tão ruim ficar sem ter com quem conversar e brincar”, comemorou Isadora de Freitas Borges, de 9 anos. Já João Freire de Oliveira Rodrigues, de 11, não só comemorou como deu uma aula a quem não acredita na imunização: “A vacina é fundamental para as pessoas se prevenirem contra a COVID e voltar à vida normal mais rapidamente”, disse. Para quem tem medo de agulha, a pequena Rafaela De Laia Avelar, de 8, que tomou o imunizante no colo da mãe, Maira, tranquiliza: “Fiquei muito alegre de poder tomar a vacina e doeu só um pouquinho, senti só uma picadinha”.
Já para os gêmeos Giuseppe Barral e Francesco Barral, de 10, a agulhada é um passo para realizar o sonho de conhecer amigos de perto. "Fiquei muito feliz, porque posso me prevenir contra a COVID e ir para a escola. Começo a ir presencial em fevereiro e estou muito animado para ver meus amigos. Nem os conheço, ficamos amigos jogando on-line. Vai ser a primeira vez que vamos nos encontrar", diz Giuseppe. O irmão, Francesco, também não vê a hora de encontrar os colegas. "Ainda não conheço ninguém, só me lembro do rosto de um amigo meu, que já vi na aula on-line. Eu estou animado!", diz. A mãe da dupla, médica, recomenda: “Todos deveriam se vacinar e levar as crianças”.
Heitor de Araújo Batista, de 11, concorda. “Estava querendo tomar a vacina há muito tempo, porque para mim ela representa segurança. Em casa todos somos a favor.”
BARREIRA
A infectologista pediátrica Samya Ladeira explica por que é tão importante que as crianças também sejam imunizadas contra a COVID-19. “Apesar de a gente ter visto que as crianças têm menor chance de mortalidade, ainda assim tivemos muitas crianças que vieram a óbito pelo vírus durante esta pandemia. Elas correm risco de desenvolver quadros graves da doença tanto quanto os adultos”, afirma. Segundo a infectologista, a vacina é muito importante para barrar formas graves da doença e frear a disseminação do vírus, porque as crianças também podem transmitir, caso sejam contaminadas.Quanto a efeitos colaterais, ela tranquiliza os pais: “A chance de as crianças desenvolverem dor no corpo ou febre após receber o imunizante é menor do que nos adultos. “O que muda de uma vacina para a outra é a quantidade da dose aplicada”, afirma.O Estado de Minas acompanhou ao longo da semana a vacinação infantil e traz alguns dos depoimentos de crianças e de seus pais.
* Estagiárias sob supervisão da subeditora Rachel Botelho
Depois da agulhada
“Fiquei muito feliz, estava esperando esta vacina para ir à escola e poder rever os meus amigos, porque foi tão ruim ficar sem ter com quem conversar e brincar”
Isadora de Freitas Borges, de 9 anos
“Fiquei bem feliz porque não ficou doendo depois de a moça aplicar a vacina. Agora sintomais tranquilidade para poder encontrar meus amigos. Só falei com eles por telefonenos últimos anos”
Rafael Mangualde Bizzotto Junqueira, de 11 anos
“Acho importante tomar a vacina porque a gente tem mais segurança de que não vaipassar tão mal se pegar, e não dói nada”
Mariana Melo Fonseca Crespo, 11 anos
“A vacina é fundamental para as pessoas se prevenirem contra a COVID e voltar à vida normal mais rapidamente”
João Freire De Oliveira Rodrigues, 11 anos
“A vacina é sinônimo de segurança, sou a favor e fico feliz que minha filha esteja com aprimeira fase da imunização concluída, principalmente porque ela tem diabetes, estava emgrupo de risco”
Liliana Moreira, mãe de Beatriz Bellini Moreira, de 9 anos
“Sinto que meu filho está mais seguro com a vacina, porque ele tem bronquite e isso setornou um fator de mais risco caso ele contraísse o vírus. É também uma forma de prevenira contaminação dele e da gente também”
Pedro Vieira do Nascimento, pai de Alexandre Coelho Vieira, de 11 anos
“Um alívio poder proteger meu filho contra o coronavírus e mandá-lo para aescola de novo, porque ensino online é muito ruim, perde a questão do aprendizado, e doconvívio social que é importante para a criança nesta idade”
Douglas Amaral Arantes, pai de Vicenzo Picorelli Amaral Arantes, de 7 anos.
“Eu ficava na aula online vendo os meus amigos e professores e dava uma saudade! Agora vou poder encontrar com eles com segurança"
Nina Soraggi Monteiro, de 11 anos
“Eu estava querendo tomar a vacina há muito tempo, porque para mim ela representa segurança. Aqui em casa todos somos a favor da vacina"
Heitor de Araújo Baptista, de 11 anos
"Eu estava totalmente na expectativa, este momento foi uma bênção. É a gota de esperança que temos em relação ao término da pandemia, sou totalmente a favor da vacina."
Alessandra Júlia Santos, mãe de Mirela Ansaloni Santos, de 11 anos
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Estadão