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Justiça de SP suspende paralisação de médicos convocada por sindicato


Em caso de descumprimento, entidade sofrerá multa diária de R$ 600 mil. Paralisação tinha sido convocada pelo Simesp para esta quarta-feira (19). UBS Sigmund Freud tem filas pra testes de Covid-19 e também pra influenza nesta manhã de quinta-feira (6), na zona sul de São Paulo.

RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A Justiça do estado de São Paulo concedeu nesta terça-feira (18) uma liminar que suspende a paralisação convocada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) para esta quarta (19).

O texto da ação movida pelo município cita que é preciso manter a assistência em saúde à população em um momento crucial de enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Na decisão, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo (TJSP), Guilherme Gonçalves Strenger, argumenta que, diante dos graves prejuízos que a greve pode causar à população, uma paralisação após a realização da audiência de conciliação entre o município e o sindicato seria abusiva.

Segundo a decisão, os servidores municipais da categoria profissional de médicos devem permanecer em atividade, sob pena de multa diária de R$ 600 mil em caso de descumprimento.

"Seja julgada abusiva a intenção de deflagração de greve pelos médicos da atenção primária à saúde no Município de São Paulo, determinando a continuidade do trabalho ou seu retorno, caso a greve tenha sido iniciada, confirmando-se a medida liminar", afirmou.

Na tarde de segunda-feira (17), o secretário da Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, informou - em um encontro com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) - que a prefeitura do município autorizou a contratação de 700 médicos e profissionais de enfermagem.

As contratações têm o objetivo de suprir a alta demanda de UBSs, AMAs e hospitais municipais, após o aumento dos casos de Covid-19 entre os paulistanos e os profissionais de saúde da cidade.

Na mesma reunião, Aparecido informou que seriam pagos neste mês aos funcionários da saúde 50% das horas extras relativas a 2021 e que a outra metade do banco de horas seria quitada até o fim do primeiro trimestre.

No final da conversa, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) autorizou que o pagamento de 100% do banco de horas acumuladas até 31 de dezembro do ano passado seja efetuado ainda neste mês, junto com os salários de janeiro. A partir deste mês, todas as horas extras e os plantões extras serão pagos dentro da folha de pagamento do respectivo mês, inclusive para os servidores.

Profissionais afastados e exaustão nas equipes

Número de casos de Covid-19 dispara em São Paulo

Diante do aumento de casos, na quinta-feira (13) o número de profissionais infectados com Covid-19 saltou para 1.403 afastamentos, representando um crescimento de 421,56%. Na mesma data, a média móvel de novos casos conhecidos de Covid-19 notificados na cidade de São Paulo bateu recorde, superando inclusive o número registrado no pico da pandemia, em março de 2021. Foram 6.928 novos casos confirmados na cidade (veja mais aqui).

Antes, o pico de novos casos havia ocorrido em 17 de março de 2021, quando a média foi de 6.801 registros. Os números foram calculados pela Prefeitura de São Paulo com base nos registros feitos nos sistemas E-SUS e Sivep-Gripe e seguem os critérios de definição de casos do Ministério da Saúde.

Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), além do crescimento no número de contaminações, as equipes também estão trabalhando em exaustão com longas jornadas de trabalho.

"É um número alarmante, é um número absurdo e não tem como aceitar isso de uma forma tranquila. A gente já imaginava que isso ia acontecer, porque além do fato de vivermos uma pandemia, e de uma epidemia sobreposta [de Influenza], a gente tem profissionais que, por estafa e cansaço, acabam tendo uma exposição maior e acabam se contaminando. O adoecimento desses trabalhadores não é só por estarem expostos ao vírus, mas por questões de um trabalho levado ao extremo e de cargas horárias absurdas que aumentam a quantidade de contaminação", afirma a médica Vanessa Araújo, representante do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

Desde dezembro do ano passado, a Secretaria Municipal da Saúde decidiu ampliar os atendimentos na rede primária, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com decisões como a vacinação contra a Influenza, a testagem em massa para gripe e Covid e, desde o último fim de semana, a abertura das UBS aos sábados.

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G1

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