Antônio Vieira/TV Cabo BrancoA Justiça da Paraíba decidiu, nesta segunda-feira (1º), revogar a prisão do empresário Pietro Harley e do ex-secretário de estado Edvaldo Rosas, a pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Segundo a decisão do juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital, a partir de agora os dois cumprirão medidas cautelares. Eles estavam presos na Penitenciária Média Hitler Cantalice, em João Pessoa.Dentre as principais medidas que precisam cumprir estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e recolhimento integral durante o fim de semana, além da proibição de manter contatos com qualquer investigado pela Operação Calvário.Justiça mantém prisões preventivas de denunciados em nova fase da operação, na PBDuas fases da Calvário são deflagradas e cumprem mandados de prisãoMinistério Público denuncia Ricardo Coutinho e mais 30 pessoasOperação Calvário aponta que cozinheira foi usada como 'laranja' para fraudes na educação na PBPara converter a prisão em liberdade provisória, com o cumprimento de medidas cautelares para Pietro e Edvaldo, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do do MPPB utilizou o argumento do “avanço da pandemia Covid-19 no Estado da Paraíba”.O advogado Gustavo Botto, que defende Pietro e Edvaldo nesta ação, disse que desde a audiência de custódia, realizada no dia 4 de fevereiro, a defesa já havia solicitado a conversão para domiciliar ou a substituição da prisão preventiva por medidas mais brandas. Botto também adiantou que eles devem sair do presídio até esta terça-feira (2).Pietro e Edvaldo precisarão comparecer à Vara Criminal todos os meses, entre os dias 25 e 30, até enquanto durarem as medidas cautelares; estão proibidos de se ausentarem da Comarca onde residem, sem autorização judicial; não podem manter contato com qualquer pessoa que seja investigada pela ‘Operação Calvário’ sob nenhum pretexto, seja contato pessoal, por meio de e-mail, aplicativos de mensagens, redes sociais ou ligações telefônicas; estão proibidos de frequentar repartições públicas, salvo para pagar taxas e impostos ou para desembaraço de documentação pessoal; Além disso, estão obrigados a cumprir recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana e feriados, devendo permanecerem, em dias úteis, recolhidos das 20h até as 6h do dia seguinte. Aos sábados, domingos e feriados, o recolhimento será a partir das 20h do dia anterior e só podem se ausentar às 6h do dia útil subsequente ao final de semana ou feriado.Em relação à Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho e que já estava preso no local, o magistrado afirmou que foram solicitadas informações ao presídio sobre o seu estado de saúde, que foram encaminhadas ao MP, para que o órgão se pronuncie sobre o pedido de prisão domiciliar.Os dois denunciados foram presos durante novas fases da Operação Calvário, deflagradas na quinta-feira (4). Ao todo, foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, em João Pessoa, Cabedelo, Campina Grande, Taperoá, assim como em Brasília (DF), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). Os mandados de prisão foram cumpridos contra Coriolano Coutinho, que já estava preso, Pietro Harley e Edvaldo Rosas. As investigações apontam a ocorrência de fraudes em licitações, contratos e desvios na compra de livros e outros materiais para a Educação da Paraíba, ocorridos durante a gestão de Ricardo Coutinho. O Gaeco pede o ressarcimento aos cofres públicos superior a R$ 3 milhões.Na primeira denúncia foram incluídos o ex-governador Ricardo Coutinho; o irmão dele, Coriolano Coutinho; o ex-procurador geral do Estado Gilberto Carneiro; a ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena; a ex-secretária de Administração Livânia Farias (Colaboradora), o ex-secretário executivo do Turismo, Ivan Burity (Colaborador); Leandro Nunes (Colaborador); o ex-presidente estadual do PSB, José Edvaldo Rosas; Maria Laura (Colaboradora); Aparecida de Fátima Uchôa Rangel; Wladimir Neiva; Jadson Alexandre; Marcos Aurélio Paiva; Raul Maia; o empresário Pietro Harley; e o ex-secretário de Saúde, Waldson de Souza.Na segunda denúncia são alvos: Coriolano Coutinho; o empresário Pietro Harley; Camila Gabriella; Ednazete Raulino; Josefa Dias Barros; José Wamberto de Lima Barros; Patrício Farias Leite; Patrício Freires de Lima; Geruza Benedita de Carvalho; Luiz de Sousa Júnior; Ivo Peron Rocha; Carlos Antônio Rangel Júnior; Kallina Lígia Palitot; Maria Lídia Rezende; Givanilda Nicolau Diniz; Gilberto Cruz de Araújo e Givago Correia Barbosa.Vídeos mais assistidos do G1 Paraíba
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