Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que poderia levar as armas para outros países caso a Alemanha se recusasse a armazená-las. Alexander Lukashenko, ditador de Belarus, em foto de 26 de abril
Sergei Sheleg/BelTA Pool Photo via AP, File
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse nesta terça-feira (30) que vai oferecer seu país para armazenar armamento nuclear da Rússia caso a Otan leve seu arsenal para a Polônia.
Em entrevista à agência RIA, o líder belarusso respondeu a uma afirmação feita pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de que levaria armas para oeste da Alemanha.
O norueguês Jens Stoltenberg disse que essa era uma das possibilidades caso o governo alemão se recusasse guardar o material nuclear dentro de suas fronteiras.
"[Neste caso] eu vou oferecer a Putin que volte com as armas nucleares para Belarus", disse Lukashenko.
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Crise imigratória
Várias autoridades europeias fizeram duras críticas ao regime de Lukashenko, acusando Belarus de levar os migrantes para a fronteira com a Polônia, em uma tentativa de desestabilizar o bloco.
Milhares de pessoas estão bloqueadas há alguns meses na fronteira entre Belarus e Polônia, porta de entrada para a União Europeia.
Os países ocidentais causa o governo de Belarus de ter provocado a crise migratória em represália às sanções impostas contra o Executivo de Alexander Lukashenko após a repressão das manifestações.
Belarus nega que tenha criado a crise e critica a União Europeia por não receber os migrantes.
Movimentos de tropas russas perto da Ucrânia
Nas últimas semanas, os Estados Unidos, a União Europeia e a Otan expressaram preocupação com os movimentos de tropas russas perto da Ucrânia, o que provoca o temor de uma eventual invasão, o que o governo da Rússia nega.
O diretor do serviço de inteligência do exército ucraniano, Kyrylo Budanov, declarou no domingo que a Rússia concentrou 92 mil soldados nos limites com a Ucrânia, como preparativo para uma ofensiva que poderia acontecer no fim de janeiro ou início de fevereiro.
Budanov afirmou à publicação americana "Military Times" que a ofensiva poderia implicar ataques aéreos e de artilharia, acompanhada por ações contra a cidade de Mariupol, assim como incursão pelo norte através de Belarus.
Fonte: G1