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Juiz-forano participa de inspeção de urnas eletrônicas para as eleições de 2022

Por Jr Blitz 25/10/2021 às 14:59:57
Kenedy Vasconcelos foi um dos 39 pré-selecionados para integrar o time de inspetores e visitou Brasília no último dia 11. Juiz-forano visita sede do TSE em Brasília

Kenedy Vasconcelos/Arquivo Pessoal

Entre os dias 22 e 26 de novembro ocorre a 6ª edição do "Teste Público de Segurança (TPS)" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, para anteceder o evento, 39 investigadores foram pré-selecionados para inspecionar os códigos-fonte das urnas eletrônicas para as eleições de 2022. O juiz-forano Kenedy Vasconcelos, de 29 anos, é empresário e produtor cultural, e foi um dos selecionados para visitar a sede do TSE em Brasília (DF), no dia 11 de outubro.

Nesta segunda-feira (25), o juiz-forano apresentou uma proposta de ataque com o intuito de contribuir no aperfeiçoamento dos mecanismos de segurança e auditabilidade das eleições. Se aprovada, Kenedy retornará a Brasília para apresentar a proposta pessoalmente para uma possível implantação.

"Quando eu vi o ministro Barroso fazendo o chamamento público para quem quisesse inspecionar os códigos-fonte e participar do processo de inspeção das urnas eleitorais que seriam utilizadas em 2022, isso logo me despertou uma curiosidade porque eu já tinha sido candidato a vereador e sempre houve esse boato de que as urnas eleitorais poderiam ser fraudadas ou que algum tipo de manipulação poderia acontecer. Eu sempre confiei nas urnas, porém, depois desse burburinho eu fiquei meio intrigado, então eu vi uma possibilidade de atestar com meus próprios olhos se isso era ou não possível", explicou Kenedy.

Esta foi a primeira vez que ele se inscreveu para ser investigador dos códigos-fonte das urnas eletrônicas. Ao g1, ele contou que poder acompanhar o processo, conhecer a sala cofre e entender como tudo funciona foi algo muito interessante e um grande aprendizado.

"Nessa primeira etapa nós fomos inspecionar os códigos-fonte assim como os processos e eles mostraram todo o processo do início ao fim. Ali, a gente pode anotar e começar a elaborar a proposta de ataque, porque a nossa função é propor um ataque para conferir a fragilidade do sistema".

Visita em Brasília

No último dia 11 de outubro, Kenedy e outros inspetores estiveram em Brasília, na sede do TSE para conhecer o processo de proteção aos dados. Esta foi a 1ª etapa do TPS.

"Durante o evento, já em Brasília, nós ficamos em uma sala ao lado dos técnicos no subsolo toda de vidro, com alta segurança. Não pode entrar com nenhum equipamento eletrônico, relógios, tem detector de metal na porta, tem segurança, é altamente seguro. É algo bem intenso e tudo magnífico e gratificante de conhecer. Uma equipe maravilhosa também, desde as pessoas que ficavam na porta coletando nossos nomes, fazendo revista, guardando as coisas nossas que ficavam do lado de fora, as senhoras que faziam o café, os seguranças, uma extrema gentileza", contou.

Quando questionado sobre o que achou da segurança dos códigos-fonte, o juiz-forano informou que, além de seguro, é um processo sustentável.

"São 2 salas-cofre altamente fortificadas, inclusive precisam de 2 servidores de áreas diferentes para acessar, com câmeras de temperatura de calor, uma coisa muito avançada, e tem servidores próprios, gigantescos, barulhentos que são praticamente movidos a energia solar, então mesmo que haja um apagão no Brasil eles ainda estarão em funcionamento por conta dessa fonte própria de energia e sustentável, que eu achei muito incrível também", afirmou.

Leia também: TSE inicia inspeção dos códigos-fonte das urnas eletrônicas para as eleições de 2022

Kenedy foi um dos 39 pré-selecionados para inspecionar códigos fontes das urnas eletrônicas

Kenedy Vasconcelos/Arquivo Pessoal

Proposta de Ataque

Nesta segunda-feira, o juiz-forano apresentou uma proposta de ataque com o intuito de contribuir no aperfeiçoamento dos mecanismos de segurança e auditabilidade das eleições.

Conforme o empresário, após a visita, foi identificado por ele que a transmissão de dados é o que apresenta maior sensibilidade, portanto, a proposta de ataque visa aumentar a segurança na "transmissão de dados transferidos dos tribunais ou das zonas eleitorais para os servidores que nós visitamos em Brasília. Por mais que eles tenham apresentado várias camadas de segurança, eu e minha equipe identificamos outros 120 níveis de segurança a mais, e é focado nisso que queremos deixar nossa contribuição".

De acordo com Kenedy, a proposta dele se baseia no uso de uma tecnologia da criptomoeda, denominada "Blockchain".

"Até hoje não foi verificado nenhum tipo de fraude nesse sistema. O hacker teria que hackear ao mesmo tempo milhões de computadores simultaneamente, coisa que até hoje não foi possível. É um sistema de blocos muito interessante que vai revolucionar não só a tecnologia do Brasil e no mundo como também penso que já passou da hora de ser implantado na base do governo e de todos os poderes. É uma ótima oportunidade como check-in verificador de transparência e segurança", analisou.

Ainda segundo Kenedy, a descentralização das informações do TSE, todas criptografadas, sem problema nenhum de serem expostas, aumentaria o nível e o grau de confidencialidade e outras questões de segurança, além de trazer mais confiabilidade.

"Acredito que a confiança seja o pilar da democracia. Quando as pessoas passam a confiar mais nas instituições que os governam é sinal que o sistema funciona. Se não houver isso, a gente tem que mudar o sistema, mudar o poder, mudar tudo que existe então ou a gente discute isso para estabilizar o que já temos, ou temos que mudar tudo e fazer uma nova forma de governo", pontuou.

O TPS

De 22 a 26 de novembro é realizada a 6ª edição do "Teste Público de Segurança (TPS)" do Sistema Eletrônico de Votação.

O TPS é um evento em que a Justiça Eleitoral torna o hardware e o software utilizados na urna eletrônica e vários outros sistemas eleitorais disponíveis para verificação e teste pela sociedade brasileira.

O teste foi criado para fortalecer a confiabilidade dos sistemas eleitorais e permitir que a sociedade contribua para melhorias contínuas nesses sistemas. Por isso mesmo, ele é realizado ainda na fase de desenvolvimento dos sistemas eleitorais, o que possibilita o aprimoramento antes que estejam prontos para uso na eleição.

Desde a criação, em 2009, o TPS reúne especialistas em Tecnologia e Segurança da Informação de diversas organizações, instituições acadêmicas e órgãos públicos de prestígio, como a Polícia Federal.

No teste, os participantes devem tentar “quebrar” as barreiras de segurança do processo eletrônico de votação, identificar falhas ou vulnerabilidades.

Caso fragilidades sejam identificadas, o TSE faz as correções e evoluções necessárias. Depois, é realizado um novo evento, chamado de Teste de Confirmação, em que os participantes do TPS poderão verificar as melhorias realizadas.

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Fonte: G1

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